Um verão para esquecer
Posts Tagged ‘Jean-Claude Trichet
FEEF, HOTEL & SPA
A vergonha continua
Ainda o governo não foi demitido e já o Passos Coelho foi ao beija mão da Frau Merkel e anuncia e defende aquilo que ainda ontem criticava; o aumento de impostos, com o IVA a poder subir para 24 ou 25 por cento. Só falta saber se, mal seja governo, (se o chegar a ser), vão chamar às suas medidas de austeridade PEC 5 ou PEC 1 DS (depois de Sócrates). Mudam-se as moscas, mas não se muda o que cheira mal.
A Banca ligada à máquina
A Banca portuguesa ligada à máquina. Bancos completamente endividados.
In “Primeiro de Janeiro”Segundo parece já devem mais de 40 mil milhões de Euros e eu que não entendo nada de economia espanto-me com a forma de funcionamento do sistema. A Banca pede emprestado lá fora para poder emprestar a quem lhe pede emprestado cá dentro, mas em contrapartida acaba por receber o que emprestou com o lucro dos juros, sempre bem superiores aos juros que terão de pagar a quem lhes emprestou o dinheiro. Se a Banca continua a necessitar de pedir sempre mais e mais dinheiro lá fora, então é porque continua a emprestar cada vez mais cá dentro pelo que o lucro deverá ser também cada vez maior. Certamente um bom negócio.
Então como pode estar ligada à máquina e completamente endividada? Só pode haver uma razão, é a de que a Banca não paga a quem lhe emprestou, ficando no ar a velha pergunta; onde está o dinheiro?” No caso do BPN e do BPP sabemos que simplesmente foi roubado, mas nos outros bancos que passam em testes de robustez, apresentam lucros de centenas de milhões, onde está o dinheiro?PS: Em todo o lado ouço falar da dificuldade em conseguir crédito, mas ainda hoje recebi um telefonema de uma menina a informar-me que o meu Banco tinha para me emprestar 30 mil euros em condições muito boas. Agradeci, mas informei que não recorria ao crédito para consumo e que por isso não estava interessado. Simpática, a senhora agradeceu-me o meu tempo, desejou-me uma boa tarde não sem antes me dizer que se eu mudasse de idéias bastava deslocar-me a um balcão do Banco que teria lá 30 mil euros à minha disposição. Depois, desliguei.
BCE
Trichet
Lá se vão os aneis que restam
O Naufrágio capitalista
O conselho dos 22 governadores do Banco Central Europeu irá decidir na sua próxima reunião de 7 de Maio um corte das suas principais taxas de juro, a adopção de medidas “não convencionais” de apoio à estabilidade dessas condições, mas discute-se ainda se adoptará medidas semelhantes às norte-americanas ou britânicas de injectar dinheiro na economia.
O BCE está preparado para adoptar um conjunto variado de medidas que poderá integrar a injecção financeira na economia e agora debate-se se não haveria interesse de o BCE em poder adquirir títulos de dívida dos Governos ou das entidades privadas, à semelhança do que fez as instituições monetárias nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Em declarações feitas ontem, Jean-Claude Trichet veio afirmar que os governadores “estão unidos no propósito” de restaurar a confiança no sistema financeiro global, mas que a ameaça de turbulências nos mercados ainda se mantém possível. “Estamos a navegar em águas desconhecidas e ainda há riscos de uma súbita desencadear de mais turbulências financeiras”.Mais do mesmo para acabarmos com os resultados que já conhecemos. O dinheiro publico que deveria ser utilizado na defesa do emprego, (não no subsidio de desemprego), vai ser oferecido uma vez mais à banca e ao grande capital. Esta ideia peregrina de “restaurar a confiança no sistema financeiro global”, o principal culpado da crise, sem nada alterar e entregando-lhe os dinheiros públicos, nada vai resolver. Como reconhece o Presidente do Banco Europeu “navegamos em águas desconhecidas”, ou seja não fazem a mínima ideia de onde iremos parar. Isto se não nos acontecer o mais provável que é irmos ao fundo e nos afogarmos todos.
Voltando ao post “Rupturas” que publiquei antes é urgente proibir os despedimentos e fazer a ruptura com a União Europeia para tentarmos ainda levar este barco a bom porto.