Posts Tagged ‘Jerónimo de Sousa

22
Out
13

Os Senhores Doutotes

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 Com estes não há doente que resista.

11
Out
13

Politicamente correcto

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Na Universidade de Griffith, na Austrália, há um concurso anual sobre a definição mais apropriada para um termo contemporâneo. Este ano, o termo escolhido foi “politicamente correto”.
O estudante vencedor escreveu: “Politicamente correto é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação e que sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo.”

Sem mais comentários da minha parte.

30
Set
13

A viagem autárquica

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Terminadas as eleições autárquicas em que mais uma vez os eleitos foram sufragados por pouco mais de 45% dos eleitores (47.36% abstenção, 3.86% votos brancos e 2.95% de votos nulos). Nesta corrida uns aguentaram-se no balanço da carroça autárquica outros deram um grande trambolhão.

Pode-se fazer ou não uma leitura nacional destas eleições mas uma coisa estou certo, se não fossem autárquicas, onde especialmente nos locais mais pequenos o conhecimento pessoal do candidato conta muito, o trambolhão do PSD seria muito maior e o CDS teria ido atrás. A abstenção teria batido recordes e amanhã estávamos a fazer manifestações a pedir a demissão do Pateta do Seguro.

24
Set
13

A oposição e o sistema

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Quase todos os “bonecos” que faço são dedicados ao governo ou então a uma ou outra cavalgadura que mostre o seu desrespeito pela dignidade de quem vive do seu trabalho ou está a ser atirado para a miséria. Mas, de quando em vez parece-me de bom tom também fazer aqui o boneco dos que passam a vida a falar para o boneco, sobretudo do Parlamento para cima, já que ninguém liga muito ao que dizem. Aquilo a que muitos comentadores, todos de direita, gostam de chamar de esquerda mais radical, ou seja aqueles que estão fora do arco do poder. São portanto partidos com assento parlamentar, que funcionam dentro do actual sistema e por isso não o desejam afrontar mas que contestam as politicas seguidas. Gente que fala alto mas bem sempre muito bem comportada.

Para quem como eu defende que o actual sistema politico e esta democracia representativa, velhinha de séculos, necessitam urgentemente de um upgrade acabam por ser mais uma barreira à mudança. São muitas, primeiro a ignorância e o bovinismo deste povo, depois do próprio sistema que está montado para garantir que a democracia de alterne funciona tornando quase impossível que outros que não os tais partido do tal arco e do tal poder lá possam chegar. Dominam todos os poderes, do legislativo ao judicial, do poder da comunicação social ao do grande capital. Temos depois estes tais partidos da oposição que combatem o governo mas travam mudanças mais profundas no sistema. Afinal eles vivem e alimentam-se também dele. Basta ver o movimento sindical para que isso se torne claro. Uma réstia de esperança de mudança ainda nasceu quando começaram a surgir movimentos sociais, infelizmente fracos e pouco participados, mas que, minados por dentro, ao fim de dois anos vemos esboroarem-se e serem absorvidos por estruturas nascidas do próprio sistema e acabando a não pedir uma verdadeira revolução de valores e ideias mas simplesmente uma contestação aos sucessivos governos. Grandes manifestações de seis em seis meses sem continuidade e, sempre no pressuposto de unir todos, sem sumo. Sem uma estratégia a médio prazo, sem apresentar alternativas ao sistema, acabam em simples manifestações de protesto contra esta ou aquela medida ou governo, finda a qual vai cada um para sua casa ver o futebol ou a novela da noite.
Então qual é a solução? Não me perguntem a mim que não sei. Se não há consciência politica nas pessoas, se os partidos da esquerda não o desejam, se a contestação não institucional também não o faz pouco resta. Só vejo a possibilidade de uma estratégia a longo prazo, uma estratégia que, paralelamente à contestação mesmo que só feita como actualmente, passe pela acção local, pela criação de espaços que funcionem fora do sistema e mostrem que ele não é a única alternativa. Espaços abertos, autogeridos e onde a voz de todos e cada um seja escutada e respeitada. Espaços onde as pessoas sejam o fim a alcançar e não simples ferramentas para produzir dinheiro como se ele  fosse o Deus todo poderoso e objectivo último. Troca de serviços, de tempo, solidariedade e cidadania. É lento, mas temos de criar estes exemplos, mostrá-los a outros e incentivar que eles se multipliquem em cada terra, em cada bairro, na consciência de cada um. Ou então, para os mais optimistas, esperar que um dia, perante a injustiça e a miséria, este povo finalmente se levante e imponha a mudança.

03
Jun
13

Mais uma aldrabice

antonio jose seguro jeronimo sousa joao semedo catarina martins venham a mim criancinhas

O líder do PS vai reunir com as chefias dos partidos representados na Assembleia da República na ‘demanda’ pelo consenso.

Como anda a ser tão mal tratada a palavra “consenso” na boca destes políticos. Consenso pressupões busca da melhor solução através do debate e não negociação de interesses partidários económicos ou pessoais. A actual forma de a politica ser exercida é uma fantochada,  uma corrente de enganos e favores. temos de exigir a mudança, a participação popular e a democracia verdadeira. Esta suposta convergência à esquerda é mais uma mentira, uma forma de tentarem dar alguma esperança, na esperança que isso crie a exigência e possibilidade de novas eleições. Depois ou governa o PS com uma maioria absoluta que já pede ou acaba coligado com o CDS a fazer mais do mesmo. E, isso até é natural já que as ideias do PS quanto ao pagamento da dívida, da renegociação, da subjugação à Europa e aos mercados estão bem mais próximas do CDS que dos partidos de esquerda. Mais uma mentira e mais um engano para apanhar tolos. Vamos ser tolos outra vez?

12
Mar
13

Até se baba por ganhar eleições

antonio jose seguro jeronimo sousa catarina martins carrocel autarquico

O Partido Socialista escreveu uma carta aos dois partidos que estão à sua direita no Parlamento mas que supostamente estão mais à esquerda a propor-lhes alianças eleitorais nas autárquicas. Mas não fiquem já satisfeitos os que pensam que o necessário é uma união da esquerda para derrotar a direita neo-liberal no poder. Essa aliança só aconteceria nas autarquias onde o PSD ou a sua coligação com o CDS ganharam as últimas autárquicas. Não há aqui nenhuma ideia de linha política ou de criação de uma alternativa. O interesse é puramente ganhar eleições sem haver nenhum pensamento ou estratégia. Tanto mais que para uma possível antecipação de legislativas o Totó Seguro já faz olhinhos ao Paulo Portas com elogios e tudo.
Este PS não tem qualquer ideia de resolver os problemas, de apresentar alternativas ou ser uma solução, tudo o que deseja é ganhar eleições a todo o custo, seja com quem for. Não é de estranhar, quando o seu líder cresceu nas politiquices dos bastidores da partidária isto foi tudo o que aprendeu e tudo o que sabe fazer. Mais uma nulidade e mais uma desgraça para o país se um dia chegar ao poder. Esta é a política de alterne que o sistema defende e nos quer impingir.

10
Fev
13

Oposições e alternativas

antonio jose seguro joao semedo jeronimo sousa 3 esquerdas salvo seja

 O governo fez a primeira reunião para decidir onde vai cortar 4 mil milhões de euros no estado social. Tudo vai ficar decidido ante do fim do mês e isso faz prever que a indignação faça da manifestação prevista para dia 2 de Março mais um mar de gente nas ruas. As oposições já vieram dizer o que todos sabemos, que isto é a destruição do Estado Social, que é inaceitável, etc, etc, mas todos sabemos que com maioria absoluta tudo será aprovado e a miséria se agravará. Para que serve então a oposição? Para fazer discursos? Para se indignar? Para denunciar? Para Criticar?
Esta democracia em que vivemos é uma falácia e na realidade o que faz é impor uma verdadeira ditadura da maioria durante quatro anos, mesmo quando essa maioria é conseguida através da mentira, do compadrio e da aldrabice. Prometem muito nas campanhas eleitorais, dizem que vão fazer isto não vão fazer aquilo mas depois de eleitos fazem exactamente o oposto sob a capa da legitimidade eleitoral. Nas oposições, uns esperam que o poder lhes caio ao colo para garantir que o funcionamento da democracia de alterne e os outros esperam aumentar as votações e ganhar mais um ou outro deputado. No fim quem fica sempre lixado somos nós que vimos os nossos direitos serem-nos roubados e a injustiça e miséria crescer de dia para dia.
Podiam as oposições fazer mais?. Muitas vezes não mas quando se chega a um momento em que são as próprias bases da sociedade que são colocadas em causa, quando a constituição é desrespeitada todos os dias, quando o Presidente é um incapaz e não cumpre com o seu juramento de a defender, poder-se ia esperar que essa oposição travasse o processo, abandonando a Assembleia da Republica e criando uma crise politica que levasse a pelo menos haver novas eleições. Podiam mas não fazem.
Que alternativas nos restam então a nós cidadãos para mudar isto? Ou os portugueses passam a confiar em partidos em quem nunca mostraram confiar ou tem de se mudar alguma coisa. Nas acampadas e nos movimentos ocupie, muitas alternativas foram debatidas e encontradas. Para a comunicação social o importante foi passar a mensagem que tudo não passava de um protesto de jovens, sem alternativas nem soluções. Mas elas existem e passam sobretudo por um reforço e uma mudança naquilo a que chamamos de democracia. Uma democracia, que continua a ser aquilo que era indiferente aos avanços da ciência, do aparecimento dos computadores e da revolução digital e que lhe permitiriam ser muito mais directa, muito mais participativa e sobretudo muito mais escrutinavel. Deixou de fazer sentido que alguém seja eleito por um período de quatro anos e que durante esse tempo não tenha de prestar contas aos eleitores e que se possa portar como um autentico ditador. Todos os eleitos deviam poder ser demitidos no dia em que não cumprissem com o que prometeram ou quando perdessem a confiança de quem os elegeu. O poder devia estar em todos os momentos nas mãos de todos nós que deveríamos ser ouvidos sempre que fossem debatidos assuntos que interessam a todos nós. Não aquilo a que agora chamam de debate público que não passa de meia dúzia de comentadores contratados para fingir que debatem e no fim o governo aprova o que quer, como quer e quando quer. Era a nós, a todos nós que deveria ser entregue o poder de decidir, de escolher o caminho que desejamos prosseguir e isso só será possível com uma mudança dos sistema. É por isso que na tal manifestação de dia dois essa deveria ser a principal exigência. Não uma simples mudança de governo mas da forma como nos relacionamos com o poder. Os nossos sonhos não cabem nas urnas de voto que nos apresentam de quatro em quatro anos. Soluções há muitas, escolher as melhores só passa pela nossa vontade, por sairmos da nossa “zona de conforto” e irmos debate-las com outros que também acreditam na mudança. Está nas nossas mãos mas só será possível se todos o fizermos em conjunto.

29
Jan
13

Vamos exigir a mudança

joao semedo jeronimo sousa o baile da assembleia

A ideia era fazer um texto a falar da cavalgada do BE sobre os movimentos sociais e o seu aproveitamento da sua capacidade de mobilização, mas encontrei esta imagem e não resisti. Agora faria muito mais sentido falar da responsabilidade que ambos estão a assumir na destruição do Estado Social e do país por não decidindo abandonar a Assembleia da Republica recusando pactuar com tudo isto e preferindo fazer lindos discursos de oposição que nada mudam. Na realidade tudo isto é mais do mesmo, porque só mostram a falta de coragem para avançar, seja abandonando a Assembleia seja promovendo o protesto popular utilizando o seu próprio nome, embora aqui também conte, e muito, o saberem que poucos os seguiriam.

Quer isso dizer que a manifestação de dia dois me Março é um logro? Não, há gente honestamente empenhada na sua realização, o manifesto que a convoca podia ter sido escrito numa sede do Bloco, mas não foi e o pedido da queda do governo é importante, não para que a democracia de alterne funcione mas sim para que se possa fazer um debate de politicas e soluções alternativas. Na minha opinião falta muito daquilo que foram as ideias originais que deram vida a estes movimentos, a democracia verdadeira, a responsabilização dos governantes a recusa do capitalismo dos Mercados e todas aquelas ideias que criaram a esperança em tantos de nós. Falta no manifesto do “Que se lixe a Troika” mas não tem de faltar na manifestação e nas ideias que para lá levarmos. A Manifestação de 2 de Março pode vir a ser uma data importante e que mexa com as nossas vidas, a forma como isso vai acontecer depende muito de nós e na forma como soubermos ser activos e como soubermos exigir esse futuro.

Pela parte que me toca apelo à participação de todos, a que tentem mobilizar todos os que puderem mas que o façam com as vossas ideias, exigindo o que consideram estar certo e ser justo e recusando que tudo isto desagúe simplesmente numa mudança de caras e não numa nova forma de fazer politica mais humana, mais justa e numa democracia mais participativa e directa. Que cada um escreva o seu manifesto e o divulgue, faça o seu cartaz com as suas soluções e sonhos e grite bem alto o que lhe vai na alma. Vamos fazer ouvir a nossa voz.

18
Jan
13

Mais uma manha paralamentar

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Hoje de manha passei em frente a uma televisão que transmitia em directo mais um debate parlamentar com a presença de Sua Exª o Aldrabão Passos Coelho. Nada disto é novo, 230 deputados, alguns membros do governo, um monte de funcionários, jornalistas, técnicos, policias e sei lá que mais numa perda de tempo para saloio ver. Não seio o que disseram, imagino que o PCP e o BE criticaram fortemente o governo e ouviram como resposta que o que dizem não serve para nada, o PS criticou e pôs-se em bicos dos pés afirmando-se como possível alternativa, o PSD e o CDS criticaram o PS por não apresentar propostas e o Passos Coelho fez o seu auto-elogio, acenando com a inevitabilidade das medidas e pintando o futuro deste país com as mais lindas cores do mundo. Nada de novo, nada de construtivo e certamente que ao fim de todas aquelas horas o que dali saiu não criou um emprego, nem impediu a perda de muitos, não melhorou as condições de vida de ninguém, não impediu nenhum disparate do governo nem mudou nada de nada. Nada, zero, um exercício de retórica inócuo, um teatro paralamentar sem interesse algum.

Este governo continua a governar como quer e lhe apetece não respeitando nada nem ninguém, sejam as oposições, a Constituição, as leis ou os cidadãos, cria miséria, fome, desemprego, destruição da economia, perda de direitos e até a morte de alguns sem uma hesitação ou um qualquer sinal de preocupação. Perante isto as oposições nada mais fazem que alguns protestos de ocasião, mais preocupadas com as próximas eleições que com o país real. Mas podem fazer mais e por isso reitero aqui a minha proposta a todos os deputados que não queiram pactuar com o que está a acontecer, que queiram evitar a tragédia, a que já vivemos e a que se aproxima com a destruição do Estado Social, a de que abandonem o Parlamento, saiam, recusem-se a colaborar ou dar cobertura “democrática” ao que está a acontecer. Saiam do Parlamento, não participem e atirem com uma pedra ao charco politico em que vivemos. Algo teria de acontecer, a democracia teria de dar uma resposta e este governo perderia toda a legitimidade (que há muito não tem mas que o jogo politico vai disfarçando). Abandonem o Parlamento e juntem-se àqueles que cá fora protestam e exigem mais democracia, mais directa, mais participativa e mais justa. Não aceitem ser parte do sistema dando-lhe cobertura, saiam do parlamento e façam parte da mudança. Os cidadãos estarão na rua à vossa espera de braços abertos se o fizerem.

14
Jan
13

Políticos no país da fantasia

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Quando comecei a fazer esta imagem a intenção passava por escrever um texto a fantasiar a vida politica em Portugal, das suas relações e ralações e falar da democracia, ou melhor da falta de uma verdadeira democracia. Demorei mais do que pensava a fazer o boneco, tive outras coisas para fazer, é tarde, tenho sono e amanhã às seis e meia toca o despertador para iniciar mais uma semana de trabalho. (Sorte a minha que ainda vou sendo dos portugueses que não tem de ir para a fila do desemprego, cada vez mais longa, ou a fazer biscates para matar a fome à minha família). Fica por isso só  o boneco sem mais comentários.

23
Set
12

O Estado da Nação

Neste país à  beira-mar plantado, com um Primeiro-ministro Pinóquio, um governo de coligação em que há mais oposição interna nos partidos que a constituem que nos outros partidos do parlamento que pouco mais sabem fazer que atirar-lhe com a Constituição. Se nada fizermos estamos tramados.

03
Maio
12

12-15 Maio Vamos fazer a diferença

Não tenho prazer nenhum em ser pessimista mas há dias em que, olhando para aquilo que me rodeia, olhando para os políticos que temos e para a passividade das pessoas, me custa ver a saída para o buraco onde este sistema capitalista e liberal nos atirou. Estou farto de mentiras, de hipocrisia e de falsas esperanças sempre adiadas para um amanhã que nunca chega.
Que fazer então? Ficar em casa como tantos fazem? Desistir? Se há momentos em que parece o mais acertado há muitos mais em que sei não ser essa a solução. A solução só pode estar em nós, em todos nós unidos pela vontade de encontrar novos rumos e novos caminhos. É isso que me dá a força para, em vez de ficar sentado no sofá sair para a rua e procurar outros que como eu não aceitam resignar-se à inevitabilidade que nos querem impingir. É por isso que no próximo dia 12 de Maio vou uma vez mais desfilar nas ruas de Lisboa, como outros farão no Porto, em Coimbra, em Madrid, em Nova Iorque ou em mais centenas de outras cidades por todo o mundo. É por isso que depois vou ficar no Parque Eduardo VII a debater e a procurar força e soluções para gerarmos a mudança. De 12 a 15 de Maio vou ocupar o espaço público e aí procurar criar uma zona de liberdade e solidariedade, longe dos preconceitos e das certezas que nos impingem. Não sei quantos se me juntarão, mas sei que serão mais que aqueles que foram antes e que este movimento não pode parar de crescer, afirmando a indignação e exigindo a mudança. Se todos nus juntarmos poderemos derrotar o conformismo. Vais ficar parado a ver?

28
Nov
11

As cabeleiras das avós

O Parlamento aprovou hoje por unanimidade uma proposta do PCP que elimina a possibilidade das pensões dos magistrados jubilados serem alvo de contribuições extraordinárias, como as incluídas no orçamento, eliminando o artigo 73 da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2012. Este artigo previa dois pontos: um estabelecia que o cálculo das pensões dos magistrados era feita com base em todos os descontos respectivos, não podendo, no entanto, ser superior à remuneração de um juiz de igual categoria ainda no activo, e outro que previa que “As pensões de aposentação dos magistrados jubilados podem ser objecto de contribuições extraordinárias nos termos da lei do Orçamento do Estado”, dizia a proposta de lei original.
No entanto, os pareceres enviados à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias contradiziam e geravam polémica em torno destes artigos e os partidos consideraram que o Estatuto do Ministério Público não deve conter normas orçamentais de vigência provisória.


22
Nov
11

GREVE GERAL e MANIFESTAÇÃO 24.11.2011

 Vem aí mais uma Greve Geral convocada pela CGTP e UGT juntas. Espera-se que a greve tenha uma boa adesão e paralise o país. Esta greve terá duas concentrações, uma às 11 horas no Rossio e outra às 15 em São Bento. Também a Plataforma 15.O se vai manifestar nesse dia, 14.30 horas, entre o Marquês de Pombal e São Bento, passando pelo Rossio.
Apoio esta greve, mas uma vez mais me parece que carece de eficácia e que em nada vai influenciar a discussão do Orçamento de Estado dentro do Parlamento. Chegou a hora de se fazer uma luta mais dura e feita para ganhar. Portugal e os portugueses não têm mais tempo para paninhos quentes e muito menos para agendas partidárias e sindicais. Os sindicatos são as organizações que legitimamente representam os trabalhadores e esse estatuto tem de os obrigar a combater o poder até ao fim. É isso que se lhes exige e foi para isso que os trabalhadores os elegeram.

Dia 24 GREVE GERAL
Manifestação 14.30 Marquês do Pomba l- Rossio – São Bento

PS: Dia 24 este blog vai fazer greve pelo que não publicará nada nesse dia. Desafio outros blogs a fazerem o mesmo mostrando o seu apoio a esta luta por um país onde as pessoas não sejam tratados como mercadoria nas mãos de banqueiros e políticos corruptos.

05
Out
11

Vamos todos para a rua. Ela é nossa

«O líder comunista,Jerónimo de Sousa, frisou que governo e grandes interesses querem de forma demagógica “levar as pessoas à passividade”. 

Concordo com ele, mas eu que tenho estado sempre presente nas Manifestações da CGTP, também posso frisar que ali também não há uma genuína vontade de apelar à revolta. O PCP descende de uma linhagem revolucionária, já participou na revolução dos Cravos, mas hoje o seu lado revolucionário deve estar metido numa gaveta semelhante à outra onde o Soares guardou o socialismo. São tão organizados, tão certinhos, tão bem comportados que me irrita. Ainda no passado dia 1, uma vez mais os seguranças da manifestação mostraram a sua hostilidade com quem não desfilava no sitio certo, a mostrar os cartazes certos e a dizer as palavras de ordem dos carros de som. Ouvi um desses senhores referir-se a um grupo  que cantava e empenhava faixas do Movimento Ruptura como “São uns cagalhões”. Até os comentadores da direita referem frequentemente que as manifestações da CGTP, por maiores que sejam, não os preocupam pois sabem que dali não se passará nada mais que um desfile com um comício na ponta.O que os assusta é o povo à solta, o povo a demonstrar a sua indignação fora dos cordões  e do controle.  É por isso que dia o dia 1 não os assustava e não mudou um milímetro as politicas e as opções do governo e o dia 15 de Outubro os sobressalta. Eles dizem temer os tumultos e a violência, como se percebessem que o que fazem é merecedor disso, mas o que eles temem realmente é a consciência e a decisão das pessoas na mudança. Mais ainda, quando sabem que nesse dia milhões vão sair à rua em milhares de cidades por todo o Mundo. Algo vai muito mal neste Mundo, é urgente mudar e esta é a hora.




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