Existem dois textos diferentes do memorando com a troika para a ajuda externa a Portugal. A SIC refere ainda que “existem diferenças substanciais entre os dois documentos.” O primeiro documento assinado pelo governo PSD e CDS, no início de Maio é diferente do que foi assinado no dia 17 do mesmo mês. O segundo memorando tem alterações de prazos e conteúdos.
A oposição veio dizer que não foi informada e o governo que as alterações são são pontuais e refletem a união entre as versões do FMI e da UE. Mais uma aldrabice do Sócrates, mas isso em nada altera o facto de as reclamações da oposição soarem a parvoice. Assinaram de cruz o primeiro memorando, assinariam outro qualquer e nenhum teve a coragem e a decência de trazer para a campanha eleitoral a sua discussão. Se a oposição diz não ter sido informada das diferenças mais se podem queixar os cidadãos de ninguém os informar de nada. Uma vez mais esta falsa democracia nos impõe a perda de direitos e soberania sem que seja dada a possibilidade dos cidadãos dizerem de sua justiça. Uma outra democracia é necessária e esta cambada tem de ser corrida, em nome da decencia e do nosso futuro.
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Mais aldrabices e trafulhices
Coelhinho “duracel”
Uma campanha das arábias
O baile eleitoral
Confesso que, nos últimos dias, não tenho prestado muita atenção às noticias e muito provavelmente vou continuar a não ter tempo de as ler porque tenho estado mais interessado em estar no acampamento que está a acontecer no Rossio. É que fora dele o que continua é o baile, de Tango em Valsa, de Vira em Foxtrot.
Despeça-se
A escalada do desemprego continua. No primeiro trimestre deste ano eram já 688.900 as pessoas à procura de trabalho, o equivalente a uma taxa de desemprego de 12,4%, revelou ontem o Instituto Nacional de Estatística.
Degradante, vergonhoso, criminoso, inaceitável. O país está falido, endividado e em recessão e mesmo assim considera-se normal “haver mãos desempregadas e terras por cultivar”.
O Passos Coelho pode ter jeito para muita coisa, mas não é certamente para debates. Levou um baile do Portas e agora deixou o Louça brincar com ele. Cada casca de banana da Madeira e mais um trambulhão. O Louça conduziu o debate e colocou o Passos Coelho à defesa sem este nunca ter capacidade para reagir, acabando muitas vezes a concordar com as opções “radicais” do Louça, que ainda o conseguiu acusar de ele sim, ser radical por querer colocar quem recebe o subsidio de desemprego a trabalhar de borla três tardes por semana. Se isto foi um treino para o debate com o Sócrates a coisa não lhe vai correr bem.
Magia Eleitoral
Nestas eleições, e para as poder ganhar, o Coelho que o Sócrates tem para tirar do Chapéu é o próprio Passos Coelho. Mas este Coelho também tem o seu Coelho para tirar, o Paulo Portas e a esperança que a sua subida eleitoral lhe confira a possibilidade de uma maioria absoluta coligado ao CDS. Mas, o Paulo Portas, também tem o seu chapéu e o seu Coelho, Passos Coelho, a quem pela calada vai roubando voto atrás de voto.
No dia 5 de Junho, quando não houverem Coelhos para tirar, mas votos para meter, logo veremos quem é o melhor mágico.
A nossa Virgem Mandonna
Quem ouvir o seu “Canto de Sócrates” pode acreditar que está na presença de uma virgem, de uma quase santa. Nada do mal em que estamos é culpa sua, nem um bocadinho pequenino, nada. É tudo culpa da crise internacional e da oposição. Haver quem tenha lata para dizer isto já é extraordinário, que haja quem acredite ainda mais.
Virgens…ou nem tanto
Um debate com mais combate
Finalmente um debate em que se bateram, embora não tenha passado de mais uma conversa de surdos.Mas de tudo aquilo, o que me fascinou foi o nariz do engenheiro. Quase que podia jurar que nestes anos tem crescido imenso. Sei que o Pinóquio não passa de um filme para crianças cheio de imaginação do fantástico e que as coincidências acontecem por mais improváveis que sejam. Ou será que uma história contada tantas vezes nos pode influenciar ao ponto de alterar as nossas características físicas?
Dia 6 de Junho de 2011
Todos vivem do sistema e o defendem, (uns mais que outros), e estão por isso obrigados a entender-se, mas o Passos Coelho já veio dizer que não governa com o PS, o Paulo Portas que não o faz com o Sócrates e todos sabemos que com o Louça e Jerónimo não há conversa. Todos dizem que com o Sócrates não governam, mas existe a possibilidade de o PS ganhar as eleições. E depois? O Cavaco, que não se coíbe de apoiar as propostas do PSD e descalçar a bota, vai cair da cadeira. Numa altura em que vão ter de colocar em prática o “Acordo de entendimento” para chegarem os milhões do FMI, só lhe vai restar a possibilidade de um governo de iniciativa presidencial, contra um Sócrates vitorioso, eleitoralista e com o poder de impor a sua vontade num Parlamento dividido. Só falta saber quanto meses vai durar esse governo e quando vai o Sócrates tentar ganhar mais uma maioria absoluta em novas eleições.
De Homem para Homem
Hoje foi dia do debate entre dois do políticos que melhor vendem a banha-da-cobra; Sócrates e o Paulo Portas. Como bons vendedores que são, apresentaram a sua mercadoria e ambos mostraram como a sua era melhor que a do outro. Pessoalmente não me convenceram, mas isso seria quase impossível. Um tem andado a enterrar o país, o outro já por lá nadou a afunda-lo (talvez por isso tenha comprado os submarinos).
Palhaçadas eleitorais
Há um mês ninguém, a não ser malucos como eu, apostaria um cêntimo na possibilidade do Sócrates ganhar as próximas eleições. Só que de palhaçada em palhaçada, aproveitando-se das burrices em burrices do Passos Coelho e do desnorte e confusão do discurso do PSD, em que cada um diz uma coisa que desmente a que o outro tinha dito, quando não ditas pelo próprio, hoje já muitos o consideram favorito. Sócrates é o Primeiro-ministro que não queremos ter e o Passos Coelho o que não desejamos vir a ter.
O novos passageiros do TGV
No programa de governo do PSD vai ainda estar o TGV. Mas Catroga defende uma pausa na construção da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid e depois uma renegociação com Espanha e com a União Europeia. O PSD tem defendido uma suspensão da linha de TGV e diz agora que deve ser criado um novo modelo de concessão. Catroga, defende ainda que o projecto da própria linha deve ser alterado, que “está todo mal concebido”: “É possível fazer aquilo com 50% do custo.”Para quem tinha dúvidas aqui está a prova de que quem contestava a construção do TGV só o fazia porque não era governo e quem era governo só o queria construir porque o era. Tem sido assim no alterne partidário PS/PSD, em que quem é oposição se opõe e quem é governo quer avançar. É que quem decide é quem escolhe o modelo, o traçado, os construtores e os fornecedores. É quem negoceia e assina os contratos, basta olhar para o caso dos Submarinos do Portas, é quem faz bons amigos e garante um próspero futuro. Mais depressa ou mais devagar, pelo sul ou pelo norte do Tejo, o TGV vai chegar a Madrid. Nem a Alemanha e a França aceitam que seja de outra forma, senão a quem é que o iam vender?