Confesso que não queria ser mauzinho para o Arménio Carlos, não por gostar dele, mas por estarmos num momento em que há um inimigo tão perigoso como este governos e os seu donos. Infelizmente isso não é possível pois com as suas atitudes acaba de dar mais um trunfo ao governo e um tiro nos pés dos que lutam contra este sistema. Resumindo, e sem se perceber muito bem porquê, (talvez por remorsos de ter chamado delinquentes aos 226 da Bela-Flor que foram detidos durante uma manifestação num dos acessos à Ponte), resolveu marcar esta manifestação a atravessar o Tejo. Tudo bem, mas quando surgiram os primeiros sinais de que a mesma podia vir a ter problemas, alegando-se a segurança, ainda podia nessa altura voltar a trás. Mas não, quis-se fazer de forte e insistiu, insistiu e durante uma ou dias semanas bateu o pé reafirmando o seu direito de usar a ponte, alegando a lei das manifestações, falando das maratonas que todos os anos a atravessam e oferecendo-se para deixar faixas de rodagem livres e até fazer um cordão humano em torno da manifestação. Insistiu e voltou a insistir. Criou a expectativa em muita gente que finalmente a CGTP estava disposta a afrontar o governo e a ir até à desobediência civil. O governo estava num beco sem saída pois após proibir a manifestação iria perder a face no dia em que muitos milhares atravessassem a ponte pois não estou a ver que pudessem enviar a policia para bater no Secretário Geral da CGTP , no do PCP e em vários deputados e muita gente mediática. Quando parecia que desta vez a manifestação ia ser um sucesso e uma vitória o Arménio vem e desiste trocando atravessar a ponte a pé por atravessá-la de autocarro. Palhaçada. Como se não bastasse, e para distrair as atenções, ainda vêm fazer afirmações que os desordeiros não poderão embarcar no passeio de camioneta. Que bonitos, bem educados e servis são estes senhores. Como se não nos bastasse ter pela frente um governo de ladrões e corruptos, com todos os poderes, executivo, legislativo, judicial, policial, económico e a comunicação social nas mãos, termos também as organizações dos trabalhadores a servirem de almofada aos protestos para que sejam mais espectáculo que uma realidade objectiva e que possa realmente mudar o sistema. Assim é difícil.
Mas, para que não digam que só digo mal deixo aqui uma ideia ao Arménio para futuros protestos. Em vez de se pôr a convocar manifestações na ponte, convoque uma corrida que a atravesse e até lhe dou um bom nome para ela. “Correr com a Troika”.
Para terminar só quero dizer que, contrariamente ao que sempre tenho feito, não vou a esta manifestação porque não posso pactuar com coisas destas. Sinto-me envergonhado por esta falta de coragem do nosso movimento sindical e confesso que fico triste.
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Vais passear de pópó Arménio?
Jogar ao braço de ferro
O Ministro Miguel Macedo veio dizer que depois dos pareceres negativos de três organismos de segurança não pode autorizar a manifestação da CGTP na Ponte 25 de Abril. Pois, mas o problema que se coloca aqui é o de que as manifestações não carecem de autorização para a sua realização mas simplesmente de uma informação dos organizadores às entidades competentes. (Algo que nem sequer é necessário se se tratar de uma manifestação espontânea). Mas voltando à Manifestação de dia 19, e depois do Arménio Carlos ter dito que a mesmo apesar da posição do ministro a mesma se vai realizar, estou curioso de ver o que vai acontecer. Ai, ai, vai a CGTP fazer desobediência civil? Eu quero ver, quero aplaudir e vou estar lá. Não sei ainda é como vou chegar à Praça da Portagem onde começa a manifestação. Se calhar ainda convoco uma outra manifestação umas horas antes, que comece no Bairro da bela Flor e atravesse a ponte para lá poder estar. Será que o Ministro a mim me vai autorizar ou voltaria a enviar os seus cães policias? E será que o Arménio Carlos me voltaria a chamar de delinquente como naquele dia fez nas televisões?
Quer o Facebook quer a Google darem com frequência dados pessoais de utilizadores das suas redes sociais, do YouTube ou de contas de e-mail, às polícias portuguesas. O nosso país aparece numa lista de 71 Estados, que o Facebook ontem divulgou, onde esta prática ocorre. Aquela rede social informou que, em Portugal, recusou cerca de 58% dos pedidos feitos pelas autoridades. A Google revelou que recusou 70% desse tipo de pedidos. Mesmo assim, as informações recolhidas apontam para uma média anual de mil utilizadores nacionais cujos dados são entregues aos investigadores criminais.Ia escrever um texto sobre o assunto e até tinha umas coisas para dizer, mas como estou com sono resumo.
Primeiro não gosto que andem a meter-se na minha vida pessoal e considero um abuso este desrespeito pela minha privacidade. Dito isto, sei que todos nós somos espiados quer pelas chamadas forças de segurança do poder instituído assim como por empresas para nos impingirem os seus produtos. A esses modernos vendilhões do templo, que gastam ou ganham milhões a comprar ou vender dados de potenciais clientes digo que comigo é dinheiro mal gasto que quanto mais me impingem publicidade de um determinado produto com mais raiva lhe fico e na minha teimosia a vontade de o boicotar. Aos outros, aos investigadores, aos policias lhes digo que podem escutar e vasculhar à vontade que não será isso que me impedirá de dizer o que penso, de chamar gatunos a quem nos rouba, corruptos aos “Chicos espertos” e assassinos e bandalhos a quem não respeita a dignidade nem a vida humana. Puta que os pariu a todos e sim quero mudar este sistema podre, quero ver o capitalismo implodir, quero ver a vontade dos cidadãos ser respeitada. Sei que o fazem e sei que o meu processo já deve ser bem gordo, sei que gostavam de poder ter a pata da justiça sobre mim para que “acalmasse” e não batesse tantos tachos. Sim, participei nas actividades da Pagan contra a NATO, dos indignados, nas acampadas, nos piquetes, nas manifestações, nos protestos, nas greves, na desobediência civil e não me calo. Sim, ando a ser um “terrorista contra o sistema” procurando alternativas para o seu colapso. Quero que se lixem. Estão a ouvir bem, quero que se lixem. Não posso impedir que me vigiem, que me escutem, mas posso muito bem dizer-lhes que sei que o fazem. Não acreditem por isso em tudo o que digo que posso estar a enganá-los. Ou não. Mas acreditem numa coisa, não é pelo medo que me vão calar assim como não calarão muitas outras vozes de companheiros bem melhores e mais corajosos que eu. Ah, e já agora, quando eu estiver a falar ao telefone e disser “vão á merda” é com vocês que estou a falar.
Que ardam no inferno
Recentemente morreu mais um Soldado da paz que infelizmente são comandados por estes senhores da guerra. O ministro afirmou que os fogos são uma inevitabilidade, o mesmo que há uns tempos criticava outros ministros, só porque eram de outro partido, exactamente por não os evitarem e vai estar presente no funeral da Bombeira. Mas será que são assim tão inevitáveis? Porque não estão as matas limpas se a lei no obriga? Porque se escolheu o sistema de contratar aviões de combate a incêndios pagos à hora de trabalho? Porque se cortam nos meios oferecidos aos bombeiros? Mas mais importante ainda, neste caso como em outros, que garantia de subsistência é oferecida às famílias destes heróis que morrem a lutar contra fogos em situações terríveis.
Todos os anos o fogo consome milhares de hectares de floresta, todos os anos morrem bombeiros, todos os anos são identificadas as causas e prometidas soluções. O fogo posto é considerada uma das principais causas, mas não se evitam as causas que fazem com que o fogo se posto. Quando o fogo é um negócio é difícil entender que esse negócio não seja combatido e se prefira combater os males que causa. Mas, talvez aqui já estejamos a seguir o conselho do Pires de Lima e também aqui a função do Estado seja desamparar a loja. Talvez os Bombeiros que sofrem e morrem sejam danos colaterais que sejam perfeitamente justificáveis, se o negócio assim o exigir. A minha solidariedade e respeito por todos os que heroicamente combatem estes fogos e um enorme, ardam no inferno aos que os provocam ou não o impedem.
226 Sequestrados na Bela-Flor
Mais uma vez, em dia de Greve Geral, a nossa brava força policial impediu perigosos vândalos de destruir o país. Desta vez o plano era a destruição da Ponte 25 de Abril. Se o ridículo matasse o Miguel Macedo há muito que tinha uma cruz em cima.
https://www.facebook.com/226DaBelaFlor
Nós, os manifestantes detidos hoje, 27 de Junho de 2013, no bairro da Bela Flor, saímos em manifestação espontânea a partir de S. Bento, com a polícia constantemente a acompanhar-nos sem nos nos dar qualquer tipo de indicações. Durante todo o percurso, os manifestantes foram pacíficos e não causaram qualquer tipo de danos. Após a passagem pelo Centro Comercial das Amoreiras, quando nos aproximámos do acesso para a Ponte 25 de Abril, pela primeira vez, as autoridades comunicaram connosco para nos indicar que enveredássemos para o acesso à Ponte 25 de Abril. Fomos encurralados por dezenas de membros e carrinhas do corpo de intervenção que esperavam fora de vista, e então dirigidos para o bairro da Bela Flor, sempre rodeados pelo corpo de intervenção. Ficámos detidos na rua desde as 19 horas (passa já das 23 horas e só agora estamos aos poucos a ser libertados), sem acesso a água ou sanitários. Após identificação e revista um a um dos cerca de 200 manifestantes, foram-nos apresentados, documentos para assinar ao mesmo tempo que se dificultava o acesso a advogados. Acabámos por saber que teremos que comparecer todos amanhã, 28 de Junho, às 10 da manha no Campus da Justiça do Parque das Nações. Pedimos a presença e solidariedade de todos para os procedimentos. Já na anterior Greve Geral aconteceram inúmeras irregularidades nas detenções que foram efectuadas e, mais uma vez, o governo procura formar um escândalo para tentar abafar o impacto da Greve Geral. Aqui não há criminosos mas há arguidos; no governo não há arguidos, há criminosos. Os Manifestantes Detidos no Bairro da Bela Flor Bairro da Bela Flor, 27 de Junho de 2013
Os gatunos
No guião que desenhou para contornar possíveis inconstitucionalidades, o Governo conta com um importante aliado: o Presidente da República. Segundo o Memorando de Entendimento enviado à Comissão Europeia no âmbito da sétima avaliação, o Executivo espera que a fiscalização preventiva das novas medidas de corte na despesa permitam uma melhor gestão de um eventual chumbo do Tribunal Constitucional (TC).
Hoje estive sequestrado pela policia mais de sete horas, num aparato para o qual até as carrinhas de minas e armadilhas subterrâneas foram chamadas, e acusado de ter participado numa manifestação ilegal e atrapalhado o tráfego. Amanha eu e mais duzentas pessoas lá iremos ao tribunal para mais uma palhaçada sem sentido, enquanto esta canalha que nos governa diz à voz cheia que vai desrespeitar a lei fundamental do país, a Constituição, e para isso conta com a cumplicidade do Presidente para isso. É a tentativa de criminalizar o protesto contra a ladroagem dos criminosos que assaltaram o poder. Azar deles porque não nos assustam nem nós vamos desistir.
A Última Ceia
O consenso nacional…uma porra
Muito se fala na necessidade de haver um Consenso Nacional sobre um governo para aplicar as politicas da Troika e da União Europeia. Perante o descrédito que este governo já atingiu e a não alternativa que o PS representa já muitos falam de um governo em que se unam todos os partidos do alterne. Teríamos assim uma espécie de unanimidade politica em que nem a integridade da constituição estaria salvaguardada. Chamar democracia a uma porra destas só pode ser uma brincadeira de mau gosto. Isto já não é um país e a soberania é uma palavra sem sentido quando somos governados por gente para quem o seu único objectivo é a obediência aos mercados e à gorda alemã.
Se desejam um governo PS/PSD/CDS ao menos tenham a coragem de levar essa ideia a eleições com os três partidos a concorrerem em coligação. Talvez viessem a ter uma surpresa. Está na hora de encontrar alternativas e exigir o fim desta farsa em onde dos partidos do chamado arco governamental se pode dizer sem errar que eles sim, são todos diferentes, todos iguais. Diferentes no nome, iguais na mentira, no desemprego e miséria a que nos condenam.
Que ao menos saibam a letra:Grândola Vila Morena (Zeca Afonso)
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidadeDentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morenaEm cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidadeTerra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordenaÀ sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontadeGrândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Contra o Gang dos Gangsters
Já não sei que bonecos fazer, já não sei o que escrever, quase já não sei o que pensar. Já retratei esta canalha que nos governa de todas as maneiras que me lembrei, de palhaços a gatunos, de vampiros a animais, já lhes chamei tudo, de gananciosos a vendidos,de traidores a bandalhos, já pensei o pior deles e isso continuo a pensar. Já falta imaginação, já faltam palavras, já faltam ideias. Já só me falta tornar crente em Deuses e rogar que nos livre desta maldição. Os que governam, roubam e espoliam direitos todos os dias, os que fazem oposição acabam a participar na palhaçada garantindo que a democracia de alterne mantêm a sua fachada. Uns querem manter o poder, os outros não perder o que têm. Um pouco como as pessoas, os que se estão a encher à nossa custa querem garantir que se vão encher ainda mais e os que já perderam quase tudo têm medo de perder o pouco que ainda lhes resta. Para ajudar à festa o sistema rodeou-se de uma comunicação social que garante que tudo ficará como está na democracia de alterne, da força para garantir a sua segurança e a imposição das suas injustiças e de uma justiça que é tudo menos cega e que funciona a três velocidades, parada e a passo de caracol para os ricos e a passo para os outros.
Não sei até onde isto pode continuar, se estes ladrões da nossa esperança vão poder continuar a reinar impunemente durante muito tempo, se os que se dizem oposição um dia tomarão alguma posição ou se um dia tudo isto implode ou explode. Será que podemos ficar parados à espera? Não será depois muito tarde para salvar dos restos ainda alguma coisa? Acredito que sim e por isso só posso ter a esperança que a indignação supere o medo e a voz dos tais 99% seja finalmente respeitada. Se dependesse só de mim há muito que tinha acontecido, assim só tenho que tentar continuar a acreditar e esperar que todos os que estão a ser espoliados nos seus direitos e nas suas vidas se juntem.
O Bastão da Ordem Pública
A polícia usou gás pimenta, esta manhã, para dispersar uma manifestação de estudantes que estava a decorrer à porta da secundária Alberto Sampaio, em Braga. Seis alunos tiveram que receber tratamento hospitalar.Os estudantes estavam a protestar contra a integração da escola num mega-agrupamento, fecharam as portas da escola a cadeado.
A comissária Ana Margarida, da PSP de Braga, diz que foi preciso usar pimenta «para abrir caminho por entre os estudantes e para conseguir chegar ao portão, permitindo que os bombeiros cortar a cadeado». Segundo a comissária esta atitude foi tomada para evitar uma postura mais musculada como o uso do bastão de ordem pública.O Sr. Ministro pode andar a enganar as pessoas quando envia infiltrados para as manifestações dos movimentos sociais para criar incidentes e justificar a violência da acção policial, pode deixar policias a serem apedrejados durante duas horas para depois poder justificar cargas cegas e brutais sobre gente pacifica, pode fazer o que desejar e abrir averiguações sobre inquéritos e inquéritos sobre averiguações ou inquéritos sobre inquéritos que já ninguém está para o aturar. Pode ter feito tudo e tudo justificado com a violência dos manifestantes e a manutenção da ordem pública. Pode ter inventado grupos terroristas e grupos violentos onde não os há. Pode e fez mesmo quando essa violência não existiu ou foi provocada pela própria policia. O que não pode justificar é o uso de gás pimenta sobre jovens do secundário, miúdos de 12 anos que protestavam em frente da sua escola e que acabaram alguns no hospital. Pior ainda fica quando se justifica o uso desse gás pimenta como justificação para evitar uma postura mais musculada como o uso do bastão de ordem pública. E porque não de tiros de shotgun?
Quem ordenou esta violência policial devia ser demitido e o ministro que tutela a policia tinha a obrigação de se demitir ou ser demitido. Uma vergonha, uma afronta à liberdade e ao direito de protestar. Não estamos a falar de terroristas, de grupos violentos e organizados, de gangs de bandidos, estamos a falar de miúdos de uma escola secundária. Tenha vergonha na cara e demita-se em nome da decência e em respeito pela democracia e pela liberdade. Se é que a tem.
A minha árvore de Natal
Este ano estou sem espírito natalício nenhum, mas, no facebook, já andam tantas árvores com bolinhas, presentes, renas, e senhores gordos vestidos de vermelho que me senti na obrigação de também eu aqui assinalar o momento antes que me esqueça. Fica já a minha árvore já que cá por casa não me parece que vá haver outra. É o que se pode arranjar num Natal onde vai haver tanta pobreza em tantas casas embora em alguns sapatinhos se vão poder encontrar belos presentes como a TAP, a ANA ou a RTP.
O fim do triunfo dos porcos
Hoje há manifestações à porta do parlamento e em Belém. Nas que são convocadas pela CGTP não haverá certamente problemas porque os manifestantes estarão vigiados por duas polícias. A do Miguel Macedo e a da própria CGTP. Nas outras espero que também não, que tudo decorra normalmente pois estar a dar-lhes argumentos para criminalizarem os movimentos sociais não me parece boa ideia. Eles sabem que é dai que vem a principal contestação e onde cada vez mais se juntam forças a exigir a mudança, não só deste governo mas dom próprio sistema de alterne em que vivemos. Eles sabem que são os cidadãos, auto-organizados que os vão derrubar e construir uma democracia mais participativa e responsavel, onde o país fique a salvo de assaltantes no poder que tudo saqueiam e vendem aos seus donos. Eles sabem que a sua hora vai chegar e tudo querem fazer para nos destruir, mas não há governo, por mais polícias que tenha e por mais violência que tente gerar, que possa travar um povo quando ele resolva exigir a mudança. É que a história de que todos os porcos são iguais mas uns são mais iguais que os outros já pertence à história e na nova história que vai ser escrita os porcos não passarão de simples porcos.
A direcção de informação da RTP, liderada por Nuno Santos, apresentou a sua demissão em bloco. A decisão prende-se com uma divergência sobre imagens da manifestação em frente à Assembleia da República no dia da greve geral. Estas, diz a administração foram facultadas por membros da direcção de informação “a elementos estranhos à empresa”. Foi ainda considerado uma “acção abusiva” e uma “quebra grave das responsabilidades inerentes à cadeia hierárquica” da RTP, podendo ser “uma violação dos direitos, liberdades e garantias”.
Esta gente já não respeita nada, liberdade, democracia, direitos, justiça, legalidade, decência. Este Ministro com uma cara que podia fazer um filme de oficial Nazy sem ter de se mascarar já eu provas de que para ele vale tudo e que tudo pode ser feito sem respeitar nada nem ninguém. Este personagem não renega a violência e até, em alguns casos, a parece promover como aconteceu no Chiado e já se começa a notar ter voltado a acontecer no dia 14, dia da Greve Geral. Aliás em todos os dias de greve geral a violência saiu à rua e em todos eles elementos infiltrados foram fotografados e/ou filmados a promoverem essa mesma violência para posteriormente justificar acções policiais. Assim garantem a abertura dos telejornais e o atirar para segundo plano a luta de um povo pela defesa dos seus direitos, postos de trabalho, dignidade e condições de vida.
Mais uma vez digo que estamos a ser governados por gente que não presta, gente disposta a tudo para segurar o poder e ter um ministro como o Miguel Macedo à frente das polícias garante que o desrespeito pela lei e pelos direitos dos cidadãos pode acontecer a qualquer momento. Quero posso e mando pelo que está na hora de lhe explicarmos que quem manda aqui somos nós e corrermos a pontapé.