Falar do BPN é falar do maior roubo da história deste país e também do processo em que a impunidade dos culpados parece ser a regra. Nascido na era das vacas gordas do Cavaquismo e apadrinhado por ele foi durante anos um antro de malfeitores que saltavam entre o governo e o banco. Durante anos foi um fartar vilanagem sob o nariz do Magoo Constâncio do Banco de Portugal que nada via ou queria ver. Não fosse a famosa crise internacional e quem sabe ainda os Oliveira e Costa, Duarte Lima e Dias Loureiro continuariam a encher contas em off-shores e a comprar condomínios de luxo em Cabo Verde. Como se não bastasse veio a nacionalização dos prejuízos, pelo Teixeira dos Bancos, que já defraudou o país em muitos milhares de milhões de euros. (Dava para pagar os subsídios de férias e Natal que este governo nos roubou durante três anos). Quando parecia que esta roubalheira já tinha chegado ao fim chegou a vez da reprivatização em que o actual governo resolveu vender o banco ao BIC do Mira Amaral a preço de saldo por quarenta milhões de euros, não sem antes ter retirado centenas de milhares de créditos mal parados para empresas do estado, (créditos de Duarte Lima e Vítor Baía são alguns exemplos) e recapitalizado o banco em mais algumas centenas de milhares de euros. Um negócio da China…para o Mira Amaral. Talvez, embora duvide, tenha terminado aqui as negociatas e a roubalheira com este banco, mas ainda faltava mais uma manobra para poupar impostas. Afinal não é o BIC que vai incorporar o BPN, vai ser o BPN a incorporar o BIC, mudando depois o nome para BIC para assim pagar menos impostos nos próximos anos. Para alguns todos os truques são lícitos e o Estado olha para o lado, para o pobre do cidadão que aperta o cinto para pagar os impostos que este governo não se cansa de aumentar, o não pagamento de um bilhete do metro ou de uma portagem é suficiente para soltarem os cães e penhorarem qualquer bem que se tenha. Se há uma justiça para ricos e outra para pobres também no fisco parece haver uns que podem tudo e outros que só podem pagar e calar.PS: NOVIDADE DO DIA – Dois dos condenados pelo Banco de Portugal por prestação de informação falsa e falsificação de contas no caso BPN, trabalham como diretores para um fundo do Estado. [AQUI]
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Um roubo Top-secret
O Ministério das Finanças classificou como «confidenciais» os documentos enviados à comissão de inquérito ao BPN. No total, são 13 dossiers que estão numa sala, sob o olhar atento de um funcionário parlamentar. A informação só está acessível aos 17 deputados da comissão de inquérito e aos assessores dos grupos parlamentares que os auxiliam. No entanto, os documentos não podem ser fotocopiados ou digitalizados, estando apenas autorizada a sua consulta.
Ainda recentemente na comissão quando questionada sobre se existe um crédito do BPN aos accionistas da SLN de 160 milhões de euros», a secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Luís Albuquerque, que explicava a opção de vender o BPN aos luso-angolano BIC Angola por 40 milhões de euros, respondeu que «Não comento valores de créditos concedidos a clientes. Faz parte da documentação confidencial enviada à comissão de inquérito».
Esperemos que um dia esta comissão mostre resultados e que toda a informação possa ser disponibilizada para que todos possamos saber para onde foram os tantos milhares de milhões desaparecidos e que todos nós andamos a pagar bem como a responsabilidade de todos os que roubaram, os que compactuaram, os que lucraram e os que esconderam. É o mínimo que podem fazer.
No mesmo dia que a União Europeia autorizou a venda do BPN ao BIC, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho afirmou que «Fico muito satisfeito porque foi possível salvar o BPN».
Por este andar ainda tornam o Passos Coelho sócio honorário da Associação de Defesa dos Banqueiros. É que satisfeito mesmo deve estar o Mira Amaral pelo belo negócio que fez à custa do dinheiro público.
Vira o disco e toca o mesmo
Para além dos 767 milhões de euros que o Governo acaba de meter no BPN, pelo acordo para a sua venda ao BIC, o jornal “Público” noticia que o Governo se comprometeu com mais um empréstimo de 300 milhões de euros da CGD ao BPN, a três anos e a uma taxa de juro igual à Euribor, sem qualquer spread (ou seja, sem que o banco público ganhe alguma coisa com o negócio).A história deste banco é algo de fantástico e atravessa vários governos. Criado na era do Cavaquismo este banco dos seus amigos foi um local de bandidagem. Durante anos o roubo e a corrupção foram a prática e muitos lucraram e ficaram ricos com as trafulhices ai feitas sem que hoje sejam chamados a qualquer responsabilidade. Também quem devia supervisionar o que por ali se passava não viu nada e hoje até foi promovido a vice-presidente do Banco Central Europeu. Quando a crise trouxe ao de cima o buraco criado pelos roubos houve logo quem tomasse como imperiosa a sua salvação para evitar contágios no sistema financeiro. Um buraco sem fundo onde milhões de milhões eram enterrados sem qualquer hipótese de retorno. Finalmente chega a este governo que o decide vender a saldos por 40 milhões para depois ainda lá colocar mais de mil milhões. No total já ultrapassa os 5500 milhões o que nos custou a todos nós a roubalheira do BPN. Mais que o valor do corte nos subsídios de Férias e Natal, mais que o aumento do IVA nos bens essenciais, mais que o aumento das taxas moderadoras ou aumento dos transportes. É isso que nos estão a fazer pagar a nós enquanto dos culpados não há novidades. Do dinheiro roubado não se conhece o paradeiro ou se tenta recuperar. Nós pagamos e pronto.
O Milagre dos Silvas
A “Plataforma Cidadã de Resistência à Destruição do SNS” preocupada com as recentes declarações do Senhor Presidente da República, informa que no próximo dia 28, Sábado, às16 horas, irá repetir o histórico “milagre das rosas” à porta de Belém, evitando, assim, que o senhor Presidente passe fome.
Como de acordo com as suas recentes alegações o seu miserável rendimento é insuficiente para suportar as despesas do seu excelso agregado, aproveitamos também para lhe entregar em mão o Manifesto da Plataforma (http://www.manifestosns.tk/?page_id=31), com as assinaturas recolhidas até à data, em nome dos milhões de portugueses que nos próximos longos e negros meses ficarão impossibilitados não só de comer, como também de adoecer, na sequência da nova legislação para a Saúde, que embora totalmente alheia ao espírito da Constituição da República, o Sr Presidente não impugnou.
Esta será uma “cerimónia” pública. Convidamos todos os utentes do SNS a participarem nela, contribuindo com a oferta de um pãozinho duro e bolorento.”Eu vou. Difícil vai ser arranjar o pão bolorento que cá por casa evita-se o desperdício alimentar, mas por uma boa causa até ofereço um pãozinho da véspera aos Silvas nesta hora de grande aperto. Sempre pode fazer uma açorda.
Sábado 28 Janeiro às 16 Horas
BPN. O roubo continua
O Estado acordou esta sexta-feira a venda do BPN ao Banco BIC, que tem como accionistas de referência a filha do Presidente angolano, Isabel dos Santos, e o português Américo Amorim, mas ainda pode ter de injectar mais dinheiro na instituição, admitiu o presidente do BIC, Mira Amaral. «Nós acordámos comprar o banco com o seguinte balanço: 2,2 mil milhões de euros de crédito, 1,8 mil milhões de euros em depósitos, e rácios de solvabilidade acima de 9%, que é o limite mínimo exigido pelo Banco de Portugal».
O presidente do BIC desconhece «qual a situação líquida do banco neste momento», por isso, diz, também não sabe «quanto é que o Estado terá de meter ainda no BPN para atingir a situação que foi acordada no contrato promessa, mas admitiu que o valor em causa se poderia aproximar dos 500 milhões de euros. «O Governo tem de capitalizar o banco para atingir os rácios acordados, mas não sei quanto é que ainda terá de lá meter».Grande negócio, um banco com 2,2 mil milhões de euros de crédito, 1,8 mil milhões em depósitos, e rácios de solvabilidade acima de 9% por 40 milhões de euros. Para nós, que ainda veremos pelo menos mais 500 milhões lá enterrados não o será, mas para o Mira Amaral, a Isabel Santos e o Américo Amorim é o chamado negócio da China. Que imposto irá aumentar ou quanto nos vão retirar do salário para pagar isto ainda se está para ver.
No país com os salários mais baixos da Europa, em que ainda cortam os subsídios de Natal e de Férias, em que a precariedade, os falsos recibos verdes, os contratos a prazo são cada vez mais longos, em que em nome da flexibilidade os horários ficam cada vez mais à vontade do patrão sem que a vida pessoal do trabalhador interesse para nada resolveram agora alargar o em meia hora diária o tempo de trabalho. Tudo em nome de um falso conceito de produtividade que a única coisa que vai fazer é criar mais desemprego e mais pobreza. O capitalismo selvagem impõe a sua lei forçando um retrocesso civilizacional do qual não se conhece ainda os limites. Será que ainda voltaremos um dia a ver de volta os velhos mercados de escravos? Vontade parece não lhes faltar e tudo em nome da ganância dos especuladores. O povo lutou durante séculos para conquistar os seus direitos e a possibilidade de viverem uma vida com dignidade e talvez tenha chegado a altura de voltarem a pegar nas “armas” da revolução e da revolta para os reconquistar. A luta por uma nova democracia mais participativa e verdadeira é o caminho e a solução, porque como já muitos afirmam, o mal não é a crise, é o sistema.
«Em vez de sair do euro, que não seria uma solução mas um grave desastre, acho que de mais bom senso seria uma redução parcial dos salários nominais ou um aumento dos horários de trabalho», afirmou Mira Amaral, o antigo ministro da Indústria e da Energia de Cavaco Silva, acrescentando que uma «redução da Taxa Social Única» paga pelas empresas também teria os mesmos efeitos.
Nunca gostei desta gente, sempre me inspiraram repulsa, já enriqueceram sabe-se lá muito bem como, vivem muito bem, não lhes falta nada. O melhor que tinham a fazer era aproveitarem uma relaxada reforma e tentar que nós nos lembrássemos deles o menos possível. Mas não, continuam por aí, sempre insaciáveis a querer sempre mais. Este ainda há bem pouco tempo foi notícia quando conseguiu que o governo ainda lhe pagasse para ficar com um banco livre de encargos, o BPN. Podia calar-se para ver se nos esquecíamos disso, mas não ainda vem dar entrevistas a dizer que a solução é reduzir salários ou aumentar os horários de trabalho. Se fosse mas era para o …Trabalho, fazia muito melhor.
Reencontro em Angola
«Paulo Portas negociou em Luanda as condições de venda do Banco Português de Negócios aos angolanos do Banco Internacional de Crédito. O encontro com Fernando Teles, presidente, e Mira Amaral, presidente do BIC Portugal, aconteceu no dia 23 de Julho, sábado, depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros ter participado na quinta e sexta na reunião da CPLP.
A reunião de Paulo Portas com o BIC visava salvaguardar os interesses do Estado português, nomeadamente o pagamento do crédito concedido pelo BPN em 2006 à Amorim Energia para a compra de uma participação na Galp. A Amorim Energia é uma holding que tem como accionistas Américo Amorim, a Santoro Holding Financial, de Isabel dos Santos, filha do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e a Sonangol.
Com a venda do BPN ao BIC, que tem como accionista principal a Santoro, de Isabel dos Santos, o governo temia que esse crédito, da ordem dos 1,6 mil milhões de euros, fosse pago pela Amorim Energia a um banco que tinha como principal accionista a própria devedora.Afinal parece que a história de um concurso para saber quem queria comprar o BPN era uma grande treta e que o compradorhá muito que estava decidido. Decidido e com um belo negócio para o BIC e o Mira Amaral e uma vez mais à nossa custa. O poder do dinheiro e as voltas que ele dá para nunca sair do mesmo sitio. BPN que continua a ter como único arguido o Oliveira e Costa. Onde é que estão os outros? (A pergunta é só retórica e não necessita de resposta pois todos sabemos bem os nomes e por onde andam).
Todos Cavaquistas, todos BPN
Sei que nos últimos dias tenho abusado da imagem de grupos de mafiosos para fazer os meus bonecos, mas quando olho para tudo isto que se passa à nossa volta é o que vejo. Atacam os nossos direitos e os nossos salários, aumentam impostos e preços, reduzem a quantidade e qualidade dos serviços públicos e começam a desbaratar o que ainda resta do estado. O caso do BPN é um caso evidente. Vende-se o banco onde os contribuintes já “enterraram” mais de 5 mil milhões por 40 milhões e onde o estado ainda vai pagar o despedimento de mais de 750 trabalhadores, capitalizar o banco em mais 550 milhões e ficar com o resto do “lixo tóxico” e do crédito mal parado que por lá exista, sabendo que havia quem desse mais, (fala-se em 100 milhões) e se comprometesse a não despedir ninguém. A juntar a isto e, perante as dúvidas e indignação geral de muitos, o PSD e o CDS recusaram que os preteridos no negócio e até o próprio Ministro das Finanças, fosse ao parlamento dar explicações. O caso do BPN é o maior caso de trafulhices e roubalheira de toda a história portuguesa, (o Alves dos Reis era um anjinho comparado com esta gente), e não se vêm culpados em lado nenhum. Será que é porque a justiça é cega ou porque vê bem demais?
BPN em SALDOS
O BPN custou 2,4 mil milhões de euros ao Estado. BIC pagará 40 milhões de euros pelo banco.
O Governo seleccionou a proposta do BIC no processo para a compra do BPN. O banco angolano deverá pagar 40 milhões de euros pelo BPN. “A proposta de aquisição de 100% das acções do BPN pelo Banco BIC é de 40 milhões de euros”, referem as Finanças em comunicado. No entanto, caso o banco apresente resultados positivos superiores a 60 milhões de euros ao final de cinco anos, será pago ao Estado “uma percentagem de 20% sobre o respectivo excedente, a título de acréscimo de preço”.
O ministério refere que o “custo do Estado com o BPN, descontando do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2,4 mil milhões de euros”. A celebração do contrato formalizando a transacção deverá ocorrer num prazo de 180 dias.
A proposta apresentada pelo BIC apenas assegura a integração de metade dos actuais colaboradores do BPN. Dos actuais 1.580, o banco angolano compromete-se a integrar 750. O Estado assume os “custos com a eventual cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores das agências e/ou centros de empresa que venham a ser encerrados ou reestruturados num prazo máximo de 120 dias após as transmissões das acções”.
Além do BIC, o Governo recebeu propostas de compra por parte do Núcleo Estratégico de Investidores (NEI) e do Montepio. O porta-voz do NEI garantiu recentemente que a proposta deste grupo pelo BPN superava os 100 milhões de euros.
BPN- Uma história de sucesso
Não vale a pena estar a fazer aqui o Historial do BPN, das fraudes, dos crimes, dos implicados nem dos milhares de milhões que o Estado já lá enterrou. Vai agora a privatizar sem preço mínimo e ao que parece já há interessados. O Banco Angolano BIC é um deles e o seu Presidente, o Mira Amaral, sem revelar o preço (fala-se em 70 milhões de Euros), já veio dizer que iam concorrer e que pensavam fechar muitas agências e despedir trabalhadores, sem esquecer o nível de capitalização que o Estado tem de pôr no BPN para repôr os rácios de solvabilidade nos mínimos legais.
Ainda há bons negócios por aí.
Eles estão por aí de novo
Não tenho seguido esta campanha com muita atenção, primeiro porque me parece mais importante o que se passa no Rossio e depois porque realmente não vale a pena. Mas, no pouco que tenho visto, já vi saírem debaixo das “pedras” muitas das víboras do PSD e do Cavaquismo. O cheiro do poder e dos muitos milhares de milhões que vão chegar são tentação demasiado grande para essa gente. A velha guarda do PSD está de novo por aí.
Pedro e o Grupo de sábios
Passos Coelho reúne-se com “grupo de sábios” para discutir a situação política e económica do país. A reunião, contará com a presença de António Nogueira Leite, Medina Carreira, Hernâni Lopes, Eduardo Catroga, Mira Amaral, Manuel Rodrigues, João Salgueiro, Diogo Leite Campos, António Sousa e Avelino Jesus.Ver um politico aconselhar-se com sábios é positivo, pior é quando esses sábios são os mesmo que sabiamente no empurraram para esta situação, pelas politicas económicas que defendem. Para esse peditório já dei.