Durão Barroso garantiu que “A Comissão Europeia reconhece ao Tribunal Constitucional português como ao tribunal constitucional de qualquer país, o direito – mais, o dever – de verificar se as normas adoptadas [pelos parlamentos] são ou não compatíveis com a respectiva Constituição”. “O que a Comissão Europeia tem o dever de fazer é, isso, sim, salientar aquelas que podem ser as implicações de determinadas decisões”, sublinhou. O que significa que se o TC considerar inconstitucionais “as principais medidas [do Orçamento do Estado] que a Assembleia da República aprovou ou vai aprovar, então isso poderá sem dúvida colocar em causa o regresso de Portugal aos mercados na data prevista. Isto é para nós uma evidência”, vincou. Se isso acontecer, disse ainda o presidente da Comissão, “Portugal terá de substituir essas medidas por outras medidas (…) provavelmente mais gravosas e medidas que provavelmente terão um efeito mais negativo em termos de crescimento e emprego. Essa é a análise unânime feita pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu, pelo Fundo Monetário Internacional e pelos países da zona euro”, justificou. Bruxelas tem um “respeito absoluto pelas decisões do TC” mas “ao mesmo tempo, temos de dizer que as decisões têm consequências”, insistiu.
Então esta besta diz que nunca pressionou nem pressionará o Tribunal Constitucional mas depois passa o resto da conferencia de imprensa a fazer isso mesmo. Se chumbam as medidas não cumprem o memorando e não há mais dinheiro, prejudicam a economia e o emprego, blá, bla blá. Este gente tem mesmo cara de pau e são tão merdosos que nem o seu país respeitam. Gananciosos que pensam que estão a falar com mentecaptos. Da próxima vez que pusesse o pé em Portugal deveria ser imediatamente detido e julgado por traição ao seu país, aos direitos dos cidadãos e por gatuno, corrupto e aldrabão. Bandalho.
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Orçamento para 2014 – APROVADO
Ontem foi aprovado na generalidade mais um de miséria. Discursos para aqui, discursos para acolá, do milagre económico ao não se aguentam mais sacrifícios, cada um disse de sua justiça para no fim acontecer o que já todos sabiam que ia acontecer; a sua aprovação.
Não quero ser pessimista, mas se isto já está muito mau ainda vai ficar pior e pior ainda é que não vejo acontecer nada que mude o rumo dos acontecimentos. A oposição parlamentar faz discursos de oposição, os sindicatos protestos e greves parciais para justificar a sua existência e o que resta prefere reclamar no facebook ou meter a cabeça na areia. Os movimentos sociais, já frágeis na sua gestação, dissolveram-se no Que se Lixe a Troika que por seu lado se diluiu na sua capacidade de apresentar alternativas. Nada, zero, nicles. Não há nada a não ser pedidos de derrube do governo e eleições antecipadas em que ninguém prevê que o próximo primeiro-ministro não seja tão incapaz como o actual.
Perante este cenário e em conversa com um companheiro de lutas pareceu-nos necessário começar a juntar as pessoas e debater alternativas que possam ser a base para sustentar um protesto credível e com soluções. Poucos responderam até agora ao apelo mas nem que vá sozinho, no próximo Domingo, pelas 15 horas vou estar no anfiteatro do Jardim da Gulbenkian (onde são os concertos de Jazz), para pensar alternativas, estabelecer pontes, delinear estratégias e repensar o protesto e as acções a desenvolver. Quem desejar aparecer apareça quem pensar que não vale a pena pois que fique a fazer o que desejar. Eu vou porque não posso ficar quieto perante a situação e porque sim.
Não ouvi o Paulo Portas apresentar a sua grande obra sobre a reforma do estado. Não ouvi porque já não tenho paciência para os ouvir e porque sabia exactamente o que ia propor. Bastava pegar em qualquer manual rasca sobre neo-liberalismo, que provavelmente foi o que ele fez com um simples copy-past, e está la tudo. Acabar com o Estado , entregar aos privados tudo o que possa gerar lucros e distribuir os dinheiro dos impostos pelas grandes empresas. Claro que para tornar o discurso mais doce deve ter deixado ainda um pouco de estado social embora abrindo a possibilidade de concorrência aos privados aumentando-a onde já existe e criando-a de novo onde os vampiros há muito se babam de desejo, ou seja nas pensões. Como disse não ouvi mas não devo estar muito longe.
O que ouvi foi um pouco, quase nada, dos especialistas que, após a apresentação, foram lançar postas de pescada para a TSF. Sem nenhuma voz critica, aplaudiram as ideias e até em alguns casos lamentaram que não fosse mais longe. Uma das bestas até defendia que cada um devia poder escolher o juiz que queria que julgasse os seus casos. E claro, onde a Constituição atrapalha é preciso mudá-la.
Não sei o que cada uma das pessoas que aqui vem pensa dessa famosa reforma, mas na minha humilde opinião é mais uma desgraça que se vai abater sobre este país. Não sei o que cada uma das pessoas que aqui vem pensa fazer para o impedir mas quem tiver ideias que o diga porque é preciso travar isto. Temos de restituir a dignidade aos cidadãos, temos de exigir que a sua vontade e os seus direitos sejam respeitados. Não somos ferramentas ao serviço do grande capital e não vivemos só para o sustentar. Somos gente e queremos continuar a ser e se possível que cada um pense se está ou não decidido a ser gente mas também cidadão.
O diabrete
Tinha sido anunciado que o Conselho de Ministro ia discutir na quinta-feira a famosa reforma do Estado que o Paulo Portas tinha ficado de fazer. Se a discutiram e aprovaram ou não é coisa que fiquei sem saber porque nada foi dito. O preferiram não deitar mais lenha na fogueira do descontentamento e adiaram a sua divulgação, ou o Paulo Portas não fez o trabalho de casa ou simplesmente não sabem o que fazer. Agora que era importante correr com esta canalha antes que destruam o pouco que ainda sobra disso não tenho dúvidas.
Os obscuros tuneis deste governo
Lembro-me de ouvir o Passos Coelho referir em 2011 que em 2012 já iríamos ver os sinais da retoma, ele e mais uma cambada em que se inclui o Sr. Silva a dizerem em 2012 que em 2013 já se via ao luz ao fundo do túnel e já seria possível abrandar a austeridade e agora que estamos em 2013 já se apontam para grandes melhorias em 2014 e a ministra até fala de redução de impostos para 2015. Até lá não que ainda estamos no processo de ajustamento e a cumprir com o resgate da Troika mas depois o Sol brilhará. Não dizem é que tudo está a falhar, a divida bate recordes, os juros nos mercados continuam altos, a economia contrai, o défice não há maneira de ser atingido sem recurso a medidas extraordinárias e, se em 2014 a meta são os 4% em 2015 são 2.5% e por ai fora. A juntar a isto teremos o inevitável novo resgate (ou programa cautelar como agora lhe querem chamar) que vai obrigar a mais e mais austeridade.
Esta canalha toda do Presidente, a todos os ministros do governo, dos grupos parlamentares da maioria e os seus apaniguados, faltando claro os senhores do capital que são os seus donos, todos mentem, enganam e trafulham. São aldrabões e de mentira em mentira lá vão sacando os recursos e a vida ao país e a todos nós. Perante o não há alternativas só lhes podemos fornecer um outro não há alternativas que não seja correr com eles e quanto mais cedo melhor.
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse hoje que o “direito de manifestação” está “consagrado” em democracia, mas lembrou que “os mais pobres” não se manifestam e “não aparecem na televisão”. “Este orçamento consagra aquilo que já estava previsto na 7.ª avaliação, que é a convergência da Caixa Geral de Aposentações, mas ao mesmo tempo, aumenta as pensões mínimas sociais e rurais de um milhão de pessoas, que são aquelas que não aparecem na televisão, mas são as mais pobres”, sublinhou.
Alem de palhaço este bandalho é também um aldrabão e um mentiroso de primeira. Palhaço porque dizer que quem se manifesta não é pobre é uma hipocrisia tremenda. Claro que muitos mesmo que se quisessem manifestar não poderiam pois nem dinheiro para os transportes têm. Depois é um mentiroso e um trafulha quando vem dizer que aumenta pensões quando se sabe que até quem ganha 600 euros vai ver os seus ordenados e pensões reduzidos. Já quando da conferencia após a avaliação da Troika escondeu as medidas fazendo-se de herói que as tinha impedido para poucos dias depois o Orçamento lhe mostrar a careca e a aldrabice. Esta gente não tem vergonha nenhuma na cara e um sistema que permite aos governantes mentirem desta maneira é tudo menos uma democracia. Exijamos uma Democracia verdadeira em que os cidadãos tenham o poder para exonerar quem não cumpra e quem mente ser imediatamente corrido. Não é de corruptos e trafulhas que necessitamos, mas de gente honrada, honesta e séria. Rua com esta cambada toda e se for a pontapé ainda melhor.
Os Senhores Doutotes
Contos do imaginário de um louco
Fly, Minister, Fly
Maria Luís Albuquerque teve um fim-de-semana recheado de viagens… que se irão manter até terça-feira. Ao todo, a ministra irá fazer 14942 quilómetros entre Lisboa e as cidades onde tem de estar obrigatoriamente. ( Washington – Lisboa – Luxemburgo – Lisboa). Entretanto o Primeiro Ministro Passos Coelho iniciou uma visita ao México não estando em Portugal na altura da apresentação do Orçamento de Estado.
Imagem feita através da ideia original do amigo https://www.facebook.com/silvino.ferreira.90.
A Madona e o seu discipulo
O Grande Tretas
Um dia a coisa rebenta
Um dia a coisa rebenta e é assim, ou rebentamos nós porque esta gente nos mata de fome e de miséria ou rebentam eles quando os povos compreenderem que são sempre eles que têm o poder para mudar tudo ocupando as ruas e fazendo a revolução. Eu sei que quando se está numa ditadura há revolucionários e que quando vivemos no que chamam de democracia (embora fajuta, aldrabada e controlada) o poder gosta de apelidar de terroristas a quem não acata o seu poder de cabeça baixa, mas isso não os salvará. Isto vai ter de rebentar por qualquer lado e só espero que seja onde deve ser, pelo lado do poder corrupto, imoral e desumano. Enquanto aceitarmos que o poder governe em nome do dinheiro, do grande capital, dos mercados e nós sejamos meras ferramentas descartáveis para o lucro e para a criação desse vil metal nada mudará. Meus amigos, não serão os meus bonecos nem o que aqui escrevo que mudará nada. Não é o eu ir para a rua sempre com os mesmos que vai mudar nada. Não serei eu nem nenhum de vocês. Seremos todos e só quando formos todos algo poderá mudar, porque não somos terroristas e o que queremos é uma revolução para que se implante uma verdadeira democracia, em que, como o poder corrompe o distribuamos por todos, em que quem comande seja a voz de todos, em que os corruptos e os ladrões sejam responsabilizados, em que a fome e a miséria sejam erradicadas e as pessoas voltem a ser o objecto da politica que voltará a ser algo de nobre e digno porque praticada por todos com o objectivo de servir todos. O poder somos nós, só temos de o exercer.