O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, defendeu hoje que o controlo sobre a RTP deve ser entregue a uma entidade “genuinamente independente”, afastando os riscos de governamentalização da empresa. “Acho muito importante que o controlo sobre a empresa possa vir a estar nas mãos de uma entidade, que é percebida e entendida por todos como genuinamente independente. Isso permitirá não apenas afastar o risco de governamentalização como também permitir uma direcção mais efectiva e uma prossecução mais efectiva dos objectivos de serviço público que a televisão tem”.Como é que é? Uma entidade genuinamente independente escolhida e nomeada por quem? Não existe já uma entidade supostamente genuinamente independente chamada de Direcção da RTP? Não existe já uma Entidade Reguladora da Comunicação Social que devia ser genuinamente independente? E essa entidade genuinamente independente fica entre a ERCS e a Direcção da RTP, entre o Governo e a ERCS, presta contas a quem ou é privada e não presta contas a ninguém? Será que estão a querer oferecer a RTP de borla a alguns amigos?
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Mais um Maduro
Como a imagem é a de um disco do Quim Barreiros podia começar com algo brejeiro fazendo já um trocadilho com o nome de “Poia com ares de Maduro” mas é preferível não. É que não sei bem onde amadureceu este maduro porque nunca tinha ouvido falar de tal personagem. Imagino-o a escrever umas baboseiras num desses blogs de direita, a blasfemar contra o Estado a defender o neo-liberalismo que o Passos Coelho, mesmo não entendendo, se diz admirador. Um pouco da mesma maneira que convidou o não saudoso Álvaro santos Pereira.
Na prática vinha para substituir o Miguel Relvas na parte de comunicação do governo. O outro fazia-nos vomitar e este chegou com toda a força e com conferencias de imprensa semanais para explicar tudo o que o governo fazia. A verdade é que falar é fácil e para atirar umas postas de pescada para fazer propaganda basta um qualquer personagem que saiba falar sem meter os pés pelas mãos. (Para a Presidência também deveria ser um requisito mas infelizmente temos o que temos). E lá aparecia o homem a fazer lindas dissertações, mas do que se esqueceu é que depois da prosa vêm as perguntas dos jornalistas e ai as coisas começaram a descambar. É que a politica deste governo não se aguenta se for questionada tanta é a porcaria, o compadrio, a podridão o desrespeito e os resultados que representa. E assim tudo voltou ao que era, acabaram as conferencias de imprensa e ficaram os comentadores das televisões a dizer que o mal é que o governo não explica as medidas que toma. O governo, esse ficará a lançar foguetes se alguém é contratado para ir limpar uma casa de banho, pelo menos até ao dia das eleições. Depois mais uma vez tudo voltará à forma inicial e lá vêm mais cortes nos salários, nas pensões, nos direitos sociais e na pouca qualidade de vida que ainda resta a alguns. Mais impostos, mais Troika, mais dívida, mais um “resgate” .
A festa dos vampiros
Sem tempo para escrever muito só quero dizer que a festa que vemos os governo fazer, com os cagagésimos que caiu o desemprego, ou subiram as exportações ou até do anémico crescimento cedo se vai tornar em pesadelo. Tudo isto não passa de uma encenação para eleitor autárquico ver e em Outubro a realidade voltará a ser o que era, triste, profunda e injusta. Os mercados por cá continuarão e o país a ser vendido aos bocados. Para os outros, todos nós, restará mais pobreza, mais miséria e mais dificuldades. Esta festa é uma festa de vampiros.
Mr. Briefing….Cancelados
Os briefings não vão acabar, garante o Governo, que sublinha no entanto que está a repensar o modelo de comunicação com os jornalistas. A informação é do gabinete do ministro Adjunto Poiares Maduro.
Um génio no governo concebeu a ideia que uma conferencia de imprensa semanal (briefing para ser mais fino), seria uma boa alternativa para o governo fazer propaganda das suas ideias e glorificar a sua governação. Esqueceram-se que mesmo com a comunicação social manietada, mesmo com discursos lindos a realidade do país e sobretudo os escandalos financeiros em que toda aquela canalha que nos governa andou metida obrigatóriamente transformariam esses “brefings” em autenticos pesadelos. Mais que defender as politicas são obrigados a defenderem-se a eles próprios ou aos seus ministros. Há BPN, Swaps, e sei lá que mais a sujar as cracaças dessa gente toda. Mas, por mais bicadas que lhes dêem, como também não há vergonha tudo fica como está.
Nos dois anos do governo é boa altura para mostrar a cara nova do governo e que ainda não tinha aqui retratado. Apresentado como mais um génio, como se não nos bastasse o Álvaro santos Pereira,é agora a cara do governo. É novo, muita gente ainda nem sabe o seu nome e por isso a vontade de lhe cuspir em cima ainda não é tão grande, mas ou me engano muito ou brevemente será tão odiado como todos os outros se o governo mantiver a vontade de falar todos os dias. Mas, vamos começar por ver o que disse no fim do tal Conselho de Ministros Especial; “Uma economia mais competitiva, maior mobilidade e coesão social são os objectivos do Governo para os próximos dois anos, disse hoje o ministro Adjunto e do Desenvolvimento, afirmando que há condições para “oferecer esperança” aos portugueses”.
Da economia nem vale a pena falar que é coisa que já destruíram mas gosto especialmente da maior mobilidade e coesão social. Isto traduzido em linguagem corrente quer dizer facilidade em despedir o que seria contraditório com a coesão social a não ser que ela seja vista como menos direitos laborais e por isso mais carneirismo e menos contestação. Quem protesta, rua.