Na barca do PS, que mete água que se farta mas nunca mais vai ao fundo, uns são repescados, outros agarram-se ao barco que anda tubarão esfomeado pelo poder por aí.
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A barca do PS
O Governo considera imperioso mudar as regras relativas às indemnizações em caso de despedimento, uma «questão que está em cima da mesa». «Este plano tem a ver com a urgência, nalguns casos mesmo a emergência da situação que vivemos. Trata-se de um conjunto de iniciativas concretas, muito objectivas que irão ser tomadas nas próximas semanas e que irão vigorar já em pleno em 2011», afirmou o Ministro da Economia, Vieira da Silva.Bastou os patrões pedirem e a Europa exigir para que o discurso do governo passasse do “Não haver necessidade de mexer na lei laboral” para a urgência, até emergência. Estes vendidos ao poder económico e serviçais dos Senhores da Europa não têm nem vergonha na cara, nem palavra, nem sequer uma coluna vertebral. Num país miserável em que o que mais importa é aumentar a produção e em que o desemprego oficial já vai nos 11%, as regras que impõem são as de facilitar ainda mais os despedimentos. A UGT, como tem sido habitual, já se disponibilizou para se vender mais uma vez e a CGTP já disse, na sua voz de trovão, que não aceita de maneira nenhuma mais esta mexida na Lei do Trabalho. Acredito que já esteja até a pensar em convocar mais um passeio na Avenida lá mais para a Primavera, que agora ó tempo está de chuva.
Uma vida precária
Espionagem política
Vieira da Silva veio acusar as escutas feitas ao Armando Vara onde apanharam o engenheiro a dizer muita coisa que não confessa em público de Espionagem política. Todas as escutas feitas seja lá a quem for são sempre “espionagem” e quem misturou a politica com a justiça em perigosa promiscuidade foram os políticos, com as leis que fizeram e com as que não fizeram e ao utilizarem o poder judicial em interesses muitas vezes inconfessáveis. É por isso que a nossa justiça está no estado em que está e os nossos políticos são aquilo que são. É por isso que esta sociedade se envergonha do estado do seu país e o ideal de liberdade e democracia morre um pouco todos os dias.
O novo governo – 3
Aqui está outro Ministro que também deve ficar mesmo sendo o Ministro de Trabalho, que desde o 25 de Abril, apresenta a maior taxa de desemprego de sempre. Alterou a lei laboral, facilitando o despedimento e retirando direitos a quem trabalha. Alterou unilateralmente as regras do negócio que o estado tinha com quem fazia descontos para a segurança social, reduzindo o valor da reforma e aumentando a idade em que poderemos reformar-nos. Hipocritamente, é também que facilita a criação do desemprego seja também quem depois nos vem falar no esforço para acrescentar algumas migalhas a quem vê pela frente dois anos de subsídio de desemprego e depois a miséria de nada ter. Os que tiverem mais sorte talvez arranjem um trabalho miseravelmente pago e sem horários, garantias ou direitos. É ele o Ministro da pobreza, aquele que distribui a miséria em a quem já pouco ou nada tem.
Durante este governo o subsidio à miséria tornou-se em algo natural, não a forma de acabar com a pobreza, mas numa outra forma de caridadezinha para acalmar consciências e fazer programas eleitorais. Não se escolhe o caminho de lutar contra as enormes diferenças entre ricos e pobres, escolhe-se o manter em estado de sobrevivência mínima milhões de pessoas enquanto a outros se permite e ajuda a ganharem milhões na especulação, negociatas ou simplesmente por leis feitas à sua medida. Uma época onde hipocritamente se subsistui o direito a uma vida digna pela esmola da sobrevivencia. Vieira da Silva é, neste governo, a cara desta politica e por isso ganha o Prémio, “Miséria e miseraveis”, desta legislatura
1º Maio 2009
A Segurança Social gastou até Abril perto de dois milhões de euros nas compensações aos mais de dez mil trabalhadores que estão em situação de ‘lay-off’, segundo dados hoje divulgados pelo Ministério do Trabalho.
A taxa de desemprego em Portugal subiu para 8,5 por cento em março – acima dos 8,4% verificados no mês anterior e dos 7,6% no mês homólogo de 2008
«Não há nenhuma saída miraculosa, não há uma bala de prata, mas há conjugação de esforços e inteligência para reduzir o impacto das dificuldades», afirmou Vieira da Silva perante empresários numa sessão de esclarecimento sobre «Apoios Governamentais para Vencer a Crise». Aos jornalistas, Vieira da Silva defendeu a «criação de políticas públicas que de alguma forma possam fazer a socialização do risco que as empresas sentem que é a contratação de um novo trabalhador».Triste 1º de Maio este, para os trabalhadores, num ano que vimos o PS aprovar uma vergonhosa Lei Laboral que nem os partidos de direita tinham tido coragem de apresentar, e vemos o país mergulhado numa crise internacional, totalmente da responsabilidade da ganância do liberalismo capitalista global e com a complacência e apoio dos governos ao seu serviço. Triste dia este, em que vemos os mesmos que nos atiraram com a crise para cima, continuarem a aplicar as mesmas práticas e politicas que a geraram. Vamos continuar à espera que sejam eles que resolvam o problema? Até onde terá de ir o desemprego e a miséria para decidirmos que já basta?
Proibição dos despedimentos e ruptura com a União Europeia são essenciais para podermos construir uma alternativa viável.
Raças Perigosas XXX
Após cinco anos de debate e negociações, a União Europeia decidiu abandonar a directiva que permitia alargar o horário semanal até às 65 horas. Em causa estava uma norma muito polémica que permitia alargar o horário semanal das 48 horas para as 65, desde que houvesse acordo entre o empregador e o trabalhador (“opt-out”).
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, lamentou a falta de acordo entre o Parlamento Europeu e União Europeia sobre a revisão da directiva do tempo de trabalho.”Considero uma má notícia”.
Na mesma linha, o secretário-geral da UGT também lamentou a ausência de consenso, mas valorizou o facto de não se ter chegado a um acordo penalizador para os trabalhadores. “O parlamento não cedeu e os governos também não”, disse à Lusa João Proença.O ministro que deve representar o interesse dos cidadãos do seu país e o que se diz representante de trabalhadores portugueses, lamentam ambos que não se tenha aprovado o alargamento do horário semanal até às 65 horas. Numa altura em que vivemos o flagelo do desemprego lamenta-se que não se possa forçar alguém a trabalhar perto de onze horas por dia. Eu tinha vergonha.
Num estudo sobre sistemas privados de pensões, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) põe Portugal, um dos sete países em que o sistema público é o único com relevo, num lugar preocupante: em 2030, quem se reformar passa a auferir 54,1% (a chamada taxa de substituição) do último salário recebido.Ainda há quem pense que este sistema neo-liberal nos está a atirar a todos para a pobreza? Se hoje este jardim já está no cú da Europa, já é conhecido pelos seus baixos salários, imaginem como vai ser quando daqui a 20 anos formos mais velhos e muito mais pobres. Será que vamos na direcção certa quando caminhamos no sentido de virmos a ficar pior, mais pobres, com muito mais dificuldades? Não há aqui algo que não faz sentido? Não temos é de ir na direcção oposta, numa direcção em que estaremos melhor, em que vejamos melhorar as nossas condições de vida? Não será hora de invertermos a marcha, de começarmos a pensar num mundo de homens e não de números e avareza?
Dia de Reis
Bom ano de 2009
Quase que me passava esta data tão linda e tão festiva, que é o Dia de Reis. O Silva e o José a receberem em sua casa os cantadores das Janeiras para lhes oferecerem uma fatia de Bolo-Rei. Como isto acontece no mesmo dia em que o repelente Vítor Constâncio nos veio informar da derrocada da nossa economia. Nada que já não soubéssemos há muito tempo mas agora é oficial. Quanto aos Reizinhos também a crise parece tê-los atingido, que para este ano, em vez de Incenso, Mirra e Ouro só nos oferecem, Pobreza, Desemprego e Maus augúrios.
Tecer a servidão
Com a Manifestação dos professores, a “exemplar” sentença da Fátima Felgueiras, a “democracia” no Reino do Bicho da Madeira e o ensurdecedor silêncio do Sr. Silva sobre uma matéria, essa sim, de competencia presidencial, lá passou sorrateiramente a nova Lei Laboral tecida pelos Sócretinos. Em Janeiro já começaremos a sofrer de mais esta “arma” do capitalismo. Infelizmente, é por lutas corporativa que ainda vai havendo alguma contestação porque nas lutas importantes e que nos deviam mobilizar a todos continuamos bovinamente passivos.Até quando?
O Jogo da Segurança Social
Há uns dias soubemos que a Segurança Social tinha perdido uma s centenas de milhares de euros com investimentos feitos com as receitas da segurança social. Agora, ficámos a saber que tinha mais umas centenas de milhar depositadas em contas do BPN. Segundo o Ministro, tudo normal já que a Segurança Social tem contas em todos os bancos. A pergunta que eu faço é porquê? Se existe um banco do estado, a CGD, porque não utiliza o estado só esse banco para fazer as suas actividades bancárias. Assim os lucros que esse dinheiro gera ficariam em casa e o próprio estado recuperaria muito dele. Mas não, parece que há a necessidade de utilizar o dinheiro de todos nós para possibilitar lucros à Banca privada. Será porque muita alma-parda deste regime, muito amigo do poder está por detrás desses bancos? Porque raio anda o dinheiro dos meus descontos, o dinheiro que devia servir para garantir um mínimo de dignidade a este país a ser utilizado na especulação e a servir interesses não píblicos?