
Quer o Facebook quer a Google darem com frequência dados pessoais de utilizadores das suas redes sociais, do YouTube ou de contas de e-mail, às polícias portuguesas. O nosso país aparece numa lista de 71 Estados, que o Facebook ontem divulgou, onde esta prática ocorre. Aquela rede social informou que, em Portugal, recusou cerca de 58% dos pedidos feitos pelas autoridades. A Google revelou que recusou 70% desse tipo de pedidos. Mesmo assim, as informações recolhidas apontam para uma média anual de mil utilizadores nacionais cujos dados são entregues aos investigadores criminais.
Ia escrever um texto sobre o assunto e até tinha umas coisas para dizer, mas como estou com sono resumo.
Primeiro não gosto que andem a meter-se na minha vida pessoal e considero um abuso este desrespeito pela minha privacidade. Dito isto, sei que todos nós somos espiados quer pelas chamadas forças de segurança do poder instituído assim como por empresas para nos impingirem os seus produtos. A esses modernos vendilhões do templo, que gastam ou ganham milhões a comprar ou vender dados de potenciais clientes digo que comigo é dinheiro mal gasto que quanto mais me impingem publicidade de um determinado produto com mais raiva lhe fico e na minha teimosia a vontade de o boicotar. Aos outros, aos investigadores, aos policias lhes digo que podem escutar e vasculhar à vontade que não será isso que me impedirá de dizer o que penso, de chamar gatunos a quem nos rouba, corruptos aos “Chicos espertos” e assassinos e bandalhos a quem não respeita a dignidade nem a vida humana. Puta que os pariu a todos e sim quero mudar este sistema podre, quero ver o capitalismo implodir, quero ver a vontade dos cidadãos ser respeitada. Sei que o fazem e sei que o meu processo já deve ser bem gordo, sei que gostavam de poder ter a pata da justiça sobre mim para que “acalmasse” e não batesse tantos tachos. Sim, participei nas actividades da Pagan contra a NATO, dos indignados, nas acampadas, nos piquetes, nas manifestações, nos protestos, nas greves, na desobediência civil e não me calo. Sim, ando a ser um “terrorista contra o sistema” procurando alternativas para o seu colapso. Quero que se lixem. Estão a ouvir bem, quero que se lixem. Não posso impedir que me vigiem, que me escutem, mas posso muito bem dizer-lhes que sei que o fazem. Não acreditem por isso em tudo o que digo que posso estar a enganá-los. Ou não. Mas acreditem numa coisa, não é pelo medo que me vão calar assim como não calarão muitas outras vozes de companheiros bem melhores e mais corajosos que eu. Ah, e já agora, quando eu estiver a falar ao telefone e disser “vão á merda” é com vocês que estou a falar.
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