Luís Filipe Menezes afirmou que “O desenho de Lisboa é que o Norte nunca venha a ter líder. É um pouco essa lógica pitonisesca de que o Norte está condenado a não ter líder. Há quem trabalhe para, na secretaria, conseguir esse desiderato”. “É impossível que uma região se levante sem lideranças fortes. Neste novo ciclo político que vem aí, o Norte tem talvez a última oportunidade, numa perspectiva de duas ou três gerações, de se tornar num grande centro alternativo a Lisboa, na segunda grande ponte urbana de entrada na Europa”, considerou Menezes, lembrando que “o Norte sempre teve grandes líderes no passado”.Este é da mesma escola do João Jardim. Um ameaçava com a independência apontando o dedo aos “contenentais”, o outro vem agora criar uma competição entre o Norte e “o desenho de Lisboa”. Um foi coroado Rei da Republica das Bananas e o outro deseja agora ser o Presidente do Reino do Norte. Para alguns, o poder é sempre tão atractivo.
Arquivo de 6 de Fevereiro, 2012
Complexo de reisinhos
Contrariando a prática adoptada desde Setembro de 2011 pelo governo, o novo presidente do Centro Cultural de Belém, Vasco Graça Moura, ordenou aos serviços internos que não apliquem mais o Acordo Ortográfico. A decisão foi dada a conhecer através de uma circular interna e engloba a desinstalação do software que tem vindo a ser usado para converter automaticamente a grafia dos textos, em conformidade com as regras do Acordo Ortográfico.
O governo deu razão a Vasco Graça Moura e não pode fazer nada para alterar a decisão do novo presidente do Centro Cultural de Belém em não aplicar o novo acordo ortográfico, de acordo com o jornal i. Isto porque, o CCB como «instituição de direito privado, não está sob administração directa ou indirecta» do governo.Embora concorde que o novo acordo ortográfico é um aborto que vai contra a natural evolução da língua, não posso estranhar que este país tenha tantos outros paísesinhos no seu interior. É o Banco de Portugal que assim evita a austeridade e agora as “instituições de direito privado”, seja lá o que isso for, que podem não cumprir com ordens emanadas do governo. Isto tendo sido o Vasco Graça Moura recentemente nomeado por esse mesmo governo.