“Uma nação que tem amor-próprio não anda de mão estendida, nem a lamentar-se, cumpre os seus compromissos e volta-se a erguer”. “Nós simplesmente como gente adulta e madura vamos cumprir o que lá está. Custe o que custar”.
Passos Coelho na Assembleia da RepublicaEngraxar-lhe as botas e ser obediente à voz da Merkel não é demonstrar ter muito amor-próprio e certamente que cumprir os compromissos nunca pode obrigar uma nação a ser submissa e cobarde. É que para alguém se voltar a erguer tem que se ter coluna. Depois, como o homem com quem o patrão gritou no trabalho, que quando chega a casa descarrega na mulher; o coelho, chega a Portugal e arma-se em durão. Avisa que o que ele decide é para ser cumprido “custe o que custar”. É que a ele não lhe custa nada, nem a ele nem aos amigos e compadres que nunca vão passar por necessidades quanto mais por fome ou miséria. A eles nunca faltará empregos nem favores a receber. A eles nunca lhes custará nada nem saberão o que é viver sem perspectivas, sem futuro, sem dinheiro para não perder a casa nem para alimentar os filhos. Não lhse custarás nada porque nunca lhes custou nada porque não sabem o que isso é, porque nunca perceberam que as pessoas são gente como eles. Como eles não, melhor que eles felizmente.
Arquivo de 7 de Fevereiro, 2012
Texto e Imagem original roubada do blog “Quatro Almas”
“Sei muito bem o que quero e para onde vou, mas não se me exija que chegue ao fim em poucos meses. No mais, que o País estude, represente, reclame, discuta, mas que obedeça quando se chegar à altura de mandar.”
António de Oliveira Salazar
Discurso de tomada de posse como Ministro das Finanças
27 de Abril de 1928Foi assim que se iniciaram 48 anos de ditadura, tortura e obscurantismo e agora temos um Ministro da Finanças que parece ter aprendido pela mesma cartilha e um Primeiro-ministro que afirma que vai aplicar as suas ideias neoliberais “custe o que custar”.
As semelhanças são assustadoras demais para que possamos ficar em casa sem nada fazer.