A Comissão Europeia ainda vê riscos para o cumprimento da meta revista do défice de cinco por cento para este ano. «O Governo implementou medidas adicionais para cumprir a meta de 2012. No entanto, o risco para atingir as metas continuam, em particular devido a contínuas falhas na arrecadação de receita e pelas incertezas quanto ao tratamento específico da venda prevista das concessões aeroportuárias», lê-se no relatório da Comissão Europeia sobre a sexta avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira. Bruxelas diz que, apesar de a meta do défice orçamental para este ano ter sido revista de 4,5% para 5%, os riscos não são negligenciáveis.
E agora como é? Mais e mais austeridade para somar a toda aquela já prevista para 2013? Não houve um único objectivo do governo e do incapaz Gaspar que tivessem sido atingidas. O défice, mesmo com a benesse de 0,5% oferecida pela Troika, vai falhar, o desemprego bateu recordes, a recessão afundou, a dívida engordou e a economia está destroçada. Podia vir para aqui com números sobre tudo isto e muito mais que todos mostram um falhanço clamoroso nas previsões do governo. Nada bate certo e mesmo com medidas extraordinárias que nos foram ao bolso uma vez e para 2013, apesar do brutal Orçamento de Estado previsto e do corte de mais 4 mil milhões em serviços públicos e sociais, a própria comissão europeia já afirma poderem não ser suficientes e serem necessárias mais medidas, ou seja mais austeridade e mais cortes. Era em 2012, depois em 2013 3 o próprio Passos Coelho já atira o início da recuperação para 2014. Até quando vamos continuar impávidos a ver este descalabro e a aceitar que estes incompetentes destruam o que resta do país, dos empregos e das nossas vidas?
Arquivo de 21 de Dezembro, 2012
Só me faltava mesmo o Pai Natal
Tinha uma árvore de Natal, um presépio e pensei, só me falta mesmo um Pai Natal para ter tudo enfeitado para a época natalícia. A dificuldade é que por norma, o Pai Natal oferece presentes e estes roubam, não só as prendas que gostaríamos de receber, como aumentos de salários, melhores reformas, serviços de saúde e educação, empregos e tantos outros, como a própria esperança de uma vida melhor. As suas prendas são aumentos de impostos e cortes nos direitos sociais. Um presente que também não se cansam de distribuir é desemprego. Depois acabam sempre a roubar salários, pensões, direitos, tudo. Claro que para alguns, devem ser aqueles que se portaram melhor durante a campanha eleitoral, há boas prendas como empresas públicas para os mais abastados e sobretudo a mais comum, belos tachos para os amigos e filhos de amigos. Com um Pai natal destes desconfio que vou tapar bem a chaminé, não que tenha muito que me possam ainda roubar, mas não quero esta gente dentro da minha sala. Fedem.