O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, foi condenado a sete anos de prisão e a perda de mandato por fraude fiscal, abuso de poder, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. O Tribunal de Sintra decidiu ainda que o autarca terá que pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado.
Milagre, um politica foi condenado. Como não se cansam de nos dizer, alguém só é culpado depois de o crime ser julgado, mas neste caso, como em muitos outros, mesmo naqueles onde os acusados saíram absolvidos, ninguém teria dúvidas da culpa e da corrupção. Claro que quando surge uma excepção à regra muitos não podem deixar de procurar as diferenças que neste caso é haver condenação. Porque terá sido? Poderá o facto de o Isaltino já não estar ligado a nenhum partido do poder ter alguma influência na decisão? Se o Isaltino fosse o candidato do PSD, (ou do PS), teria o resultado do julgamento sido aquele que foi? Talvez.
Seja como for, hoje é um dia que devemos festejar pois a justiça conseguiu levar a julgamento e a uma condenação um caso de corrupção. Se este caso se tornasse um exemplo e a nossa justiça começasse a ter a capacidade de limpar este país da corrupção ainda poderia haver esperança para este país, mas por aquilo que temos visto na Assembleia da Republica quando se trata de votar leis contra a corrupção e na realidade de tantos julgamentos que não deram em nada, o mais certo é que este não passe do excepção que confirma a regra. Espero, sinceramente, estar enganado.
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