José Sócrates, que participou ontem na sua primeira “Festa da Liberdade, na Madeira afirmou que “Não venho aqui para dar lições de boa educação, nem para ensinar boas maneiras ou o que é de bom gosto. O insulto degrada a democracia e a liberdade e é uma arma dos fracos. Os que insultam insultam-se a si próprios“.Tenho de lhe dar razão, realmente o insulto não é uma das coisas que melhor dignifique a democracia, mas também não o são a arrogância, a prepotência, a mentira, o engano e o desprezo pelas opiniões dos outros. Não pode falar-se em degradação da democracia quem governou como ele governou durante estes quatro anos, ignorando e atropelando os cidadãos, sindicatos e oposições. Não é com Marias de Lurdes Rodrigues e Augustos Santos Silvas que se pode falar de democracia. Não é pressionando jornais e televisões, fazendo ameaças ou impondo ideias e politicas que se credibiliza a democracia. Não é com mentiras e histórias mal contadas que se promove a liberdade.
Arquivo de 25 de Agosto, 2009
Nos primeiros seis meses do ano os portugueses investiram 6,1 mil milhões de euros em produtos financeiros sediados em paraísos fiscais, mais 13,4% que em igual período de 2008.
Coloquei aqui o Constâncio, mas podia ser qualquer um dos economistas, comentadores ou políticos que nos tentam convencer das virtudes do capitalismo e lhes escancaram as portas a todo o género de negociatas. É com a falácia de mais supervisão que nos tentam convencer, que a crise criada pela especulação desenfreada, não se vai repetir, mas vemos que tudo continua na mesma, as mesmas negociatas, as mesmas gentes, a mesma permissividade, a mesma pouca vergonha. Grave é que tudo isso só contribui para o empobrecimento do país, para que cada vez há mais haja mais miséria e menos esperança no futuro. Destroem a agricultura, a pesca, a industria deste país para a substituírem pela simples especulação. Este não é certamente o caminho.