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As duas faces da hipocrisia
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende a adopção de políticas de crescimento que promovam o emprego nos países sob programa de resgate. A garantia foi dada esta quinta-feira pela directora do FMI Christine Lagarde nas reuniões da primavera do FMI , em Washington.
Enquanto os seus jagunços estão em Portugal a exigir mais austeridade, mais destruição de emprego e da economia, nas reuniões internacionais a hipocrisia reina e defendem o contrário daquilo que impõem aos países sob o seu jugo. O FMI com duas caras, uma falsa bondosa e sorridente e outra de gatunos e assassinos que são. Sim, porque o FMI mata gente nos países onde crava as suas garra. FMI fora daqui, já.
Djangology
Abbebe Selassié, o homem do FMI para Portugal, está surpreendido e chocado com o nível da recessão e do desemprego. Na primeira entrevista depois da sétima avaliação, Selassié avisa que Governo deve cumprir o programa de ajustamento para recuperar o emprego e promete alguma flexibilidade da Troika para corresponder as pretensões de Portugal. O responsável do Fundo confessa que o nível do desemprego é “muito pior” do que se esperava.
Ou é estúpido, o que não acredito porque os seus senhores sabem escolher bem as bestas que lhes obedecem, ou então é mais um hipócrita sabujo que se vem mostrar surpreendido por aquilo que sabia muito bem que iria acontecer. Sabia e queria, escravizar um povo e roubar-lhe as riquezas, as que tinha e as que tem. Uma plataforma continental extensa, riquezas no subsolo, água e sol. Tudo nos querem roubar e não se importam que todo um povo seja atirado para a pobreza e a miséria. Não é novo, já foi feito noutros países e noutros locais. Vejam o filme sobre a divida na Argentina e até ficarão arrepiados. A estratégia é sempre a mesma, criar uma dívida impagável pelo país com a colaboração de governantes corruptos e traidores. Chega depois o FMI com a sua “ajuda” e as suas condições. O resto da história já a conhecemos bem porque a estamos a viver agora.
É por isso que muita desta divida suja e que não deve ser paga, mas para isso é necessário que o poder deseje e faça uma auditoria independente. Até lá suspenda-se o pagamento da dívida, corram-se com os aldrabões e com os gatunos e crie-se uma união com outros países que também estão sob ataque dos mercados especuladores. O caminho que nos apontam não tem saída porque nos torna escravos de senhores de quem nem o nome sabemos. Temos de o renegar e escolher um outro em que sejam as pessoas e não o lucro e o mercantilismo o mais importante.
FIM e FMI são sinónimos do mesmo
Hoje foi dado a conhecer um relatório encomendado pelo governo ao FMI que pretende cortar 4 mil milhões na despesa do Estado. Coisas como corte nas pensões, no subsidio de desemprego, nos salários na ordem dos 20%, despedimento de dezenas de milhares de funcionários públicos, aumento da idade da reforma, dos horários de trabalho, das taxas moderadoras na saúde e nas propinas escolares são as soluções apontadas. (Relatório completo aqui). Claro que muitas das sugestões são inconstitucionais, mas o governo já veio dizer que não descarta nenhuma e o velho Ministro das Finanças dos Sócretinos veio defender que se tem de mudar a Constituição para não atrapalhar a governação.
Chamar filhos da puta a esta gente do FMI e quem lhes presta vassalagem é pouco. São assassinos dispostos a fazer um genocídio dos que menos têm para encher a mula a meia dúzia de gulosos que trabalham para os mercados e grandes corporações. Não sei o que pensarão os portugueses daquilo que está a acontecer, ou melhor saber sei, o que não sei é até quando e o que estão dispostos a fazer para mudar a situação. Soluções há, das mais violentas ás mais pacificas, mas para que se concretizem há que estar disposto a fazer e a participar. Ir a uma manifestação pode ser um começo, mas está muito longe de ser o fim. Eu e muitos outros temos estado presentes e activos à espera dessa hora, agora só falta que se juntem os milhões que também desejam a mudança.
A festa da austeridade
Ia mais uma vez chamar nomes feios a esta gente pelos ataques que têm vindo a fazer aos povos, empobrecendo-os, cortando-lhes todos os direitos e destruindo o estado social, tudo em nome dos mercados e da ganancia de lucro de alguns. Li as notícias, imaginei o que ia dizer e comecei a procurar a imagem e a fazer o boneco. Agora que tenho o boneco já não tenho vontade de ir procurar as noticias e as declarações destes abutres nem repensar no que lhes queria chamar. Mais uma vez fica o boneco e cada um que imagine o texto que desejar. Desculpem lá, mas ando sem tempo, sem cabeça e sem paciência.
Não são apenas as indemnizações por despedimentos lícitos que devem ser reduzidas. Num relatório publicado no início desta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) pede um corte no custo que as empresas suportam pelos despedimentos considerados inválidos pelos tribunais e também aqueles que tenham por base motivos políticos ou étnicos.
Já se sabia que nos países onde o FMI intervém a esperança de vida das populações diminui e que por isso se pode considerar uma Organização que atenta contra a vida de inocentes e por isso terrorista. Agora ficámos a saber que para alem de terrorista também é fascista e xenófoba. Quando defende a facilitação dos despedimentos por razões políticas ou étnicas está a defender que qualquer pessoa possa ser descriminada pelas suas ideias ou simplesmente por ter uma cor ou feições diferentes. Isto é fascismo e isto é racismo puro e simples. Puta que os pariu.
«Os procuradores de Nova Iorque pediram para retirar as queixas de tentativa de violação e violência sexual contra o ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.»
Agora talvez haja mais gente com curiosidade de perceber porque tramaram o Strauss Kahn e elegeram para Presidente do FMI, Christine Lagarde, uma senhora que até estar a ser investigada pela Policia francesa pelo papel assumido , quando era ministra das Finanças de França, num negócio associado ao empresário Bernard Tapie em que este poupou pelo menos 200 milhões de euros em pagamentos ao Estado.
A justiça francesa decidiu investigar Christine Lagarde por desvio de fundos públicos e abuso de autoridade. A nova diretora-geral do FMI corre o risco de ser condenada a dez anos de cadeia. O inquérito judicial visa apurar o papel da então ministra da Economia no caso que tem o nome de “Bernard Tapie”.
O seu antecessor anda com problemas de justiça por “abuso” de mulheres e ela por abusos de fundos públicos. Estamos a falar do FMI, Fundo Monetátio Internacional, e não da mercearia da esquina, mas também por cá tivemos o caso BPN e parecem não haver culpados para acusar e até se nomeia gente que pertencia à sua gestão para a nova gestão da CGD. Isto com gente fina é outra coisa.