Archive for the 'fome' Category

05
Nov
13

Nuno Cratino

nuno crato fome

 

 

Nas declarações proferidas, ontem Nuno Crato sublinhou, que o corte nas despesas do Estado não é suficiente para «pôr as contas [do país] em ordem» e que ainda vão ser necessários mais alguns «sacrifícios», mas isso irá permitir «transformar Portugal num país competitivo». «Teríamos de trabalhar mais de um ano sem comer, sem utilizar transportes, sem gastar absolutamente nada só para pagar a dívida», garantiu o ministro, sublinhando que não há forma de pôr a economia a crescer «sem se sair primeiro deste beco».
Que ele diga estas alarvidades já não estranhamos mas o que é triste nisto tudo é que se tenha sequer lembrado de fazer contas para saber considerar essa possibilidade. E, felizmente, esse cenário é impossível na sua totalidade, não por razões morais que se lhe conheçam, mas porque iria precisar de quem trabalha para gerar a riqueza que paga a roubalheira. Muito provavelmente até pensou que tinha encontrado a solução, corta-se na comida e transportes a todos e num ápice resolvemos o problema, e terá sido um dos seus motoristas ou lacaios que lhe deve ter chamado a atenção que quem não come morre e se morre não pode trabalhar. Colocar sequer a questão, lembrar-se sequer da ideia é já por si a demonstração da imbecilidade e falta de princípios deste personagem saído de um qualquer inferno e para onde espero que volte rapidamente. Vá de retro Demo Crato.

07
Set
13

O Lobo Xavier e os porquinhos mealheiros

lobo xavier paulo portas cavaco silva brinde divida

O polvo Lobo Xavier que anda metido em tudo e em todo o lado, aquela coisa parda que aparece no fundo de qualquer cerimónia ou jantar a segredar ao ouvido de alguém, quando confrontado com o atraso civilizacional que esta politica condena Portugal, destruindo a saúde, a educação e até o respeito e dignidade do ser humano veio defender que há dividas prioritárias e que a divida soberana se sobrepõe a tudo e a todas as outras. Morra-se de fome, de doença, não se paguem as pensões, ordenados, não se cumpram acordos, vale tudo desde que paguemos aos usurários, aos mercados e os que com a sua ganância nos condenam à miséria. Claro que ele faz parte de administrações, de concelhos de gerências, representa interesses poderosos e por isso só defende os seus donos, os que o engordam, mas que em nome do vil metal se esteja cagando para o seu povo, o seu país, a existência das pessoas como seres humanos. e triste. Ainda por cima é um ser seboso. Nojo.

11
Jun
13

Portugal a saldos

dilma rousseff goes shopping in Portugal

Desta vez foi o Brasil, mas já outros países vieram aos saldos em Portugal. Da China a Angola passando pela Alemanha todos vêm abocanhar o que de bom tínhamos por cá. A estratégia é sempre a mesma e já foi utilizada um pouco por todo o mundo. Compram-se governantes para que façam dívida pública em projectos faraónicos que, de projectos rentáveis se transformam em elefantes brancos. Expo, estádios, estradas, centros culturais, museus, barragens, grandes eventos, tudo serve. Quando a dívida já tem o tamanho desejado, corta-se o crédito e aumentam-se os juros tornando impossível  ao país o poder pagar o que deve. Agora, mandam-se os carrascos do FMI, no nosso caso no formato TROIKA porque a Europa também desejou participar no repasto, e exige-se que tudo o que tenha algum valor seja vendido ao desbarato enquanto a pobreza se torna paisagem. É então que os abutres poisam na Portela e uns levam a EDP, outros a TAP, ou as Águas, estaleiros, comunicações, tudo o que seja lucrativo. O Estado é destruído e enquanto houver um euro para saquear não se vão embora. Quando o fizerem só deixarão pobreza, miséria e um país devastado. Ainda pensam que esta dívida pode e deve ser paga?

06
Jun
13

O carniceiro de Portugal

vitor gaspar cavaco silva angela merkel talhante austeridade

 Corta, corta para servir os seus Senhores até não haver mais nada

24
Maio
13

Gaspar, o louco

vitor gaspar completamente louco

 Ontem, passei por um rádio onde falava o Vitor Gaspar que fazia um balanço daquilo a que chamava de programa de ajustamento. Se não vivesse aqui ou se fosse totalmente alucinado acreditaria que tudo está a correr extremamente bem. As medidas de austeridade necessárias da fase um e depois mais não sei o quê da fase dois do programa, mais os bancos a fase três, a quatro e sei lá que mais. Tudo uma maravilha, tudo a correr de uma forma perfeita. Agora vem mais a fase dos mercados e a do investimento. Há 4 meses batemos no fundo dos infernos mas agora já caminhamos para o paraíso. Tudo isto seria lindo se os números não fossem o que são. Ainda hoje se soube que o défice se agravou em mais de mil milhões só de Março para Abril, a nossa dívida externa nunca foi tão alta em relação ao PIB que nunca foi tão baixo. Até as exportações sofrem quedas e não fosse os portugueses e a economia estarem de tanga e não poderem importar nada lá se ia a balança de transacções, a recessão afunda e o desemprego acelera.  A miséria já se tornou paisagem e não há uma previsão do governo que não se mostre errada e sempre para pior.
Onde vai o Gaspar buscar todo este optimismo e satisfação? Só pode ser à loucura, não de acreditar no que diz pois sabe muito bem que só os seus donos estão satisfeitos, mas de acreditar que nós acreditamos no que diz. Interne-se o animal, não num manicómio mas sim na mais profunda masmorra como criminoso e traidor que é. Ele e toda a a corja que o apoia na sua loucura.

 

15
Mar
13

Lixo humano

vitor gaspar stinks

E agora como é? Para a Troika está tudo bem e até aceitam que o défice de 6,6% (mais 2.6% que o acordado) em 2012 e nos dão mais uma ano para atingir os 3%. Que se lixe se afinal a recessão não é de 1 mas sim de 3,2% este ano, que a divida externa atinja os 123,7%  e que o desemprego suba até aos 19%. Que se lixem os portugueses se morrerem de fome e que se lixe o país. Isto nas novas previsões do governo que normalmente já mostraram ser optimista passados dois meses com a realidade a ser bem mais terrível.
E agora como é? Este governo não muda uma virgula no rumo que escolheu e já se prepara para acrescentar mais 4 mil milhões à austeridade, despedir 20 mil funcionários públicos, aumentar impostos e baixar o próprio salário mínimo. Que se lixem as pessoas, que se lixe a Constituição, as leis e a democracia que importante mesmo são os bancos e os mercados.
E agora como é? Vamos ficar a chorar-nos nos sofá lá de casa (quem ainda tem casa), a chamar nomes aos governantes nas conversas de cafés ou vamos realmente fazer alguma coisa que possa mudar isto. Só vindo para a rua, ocupando-a, exigindo a demissão deste governo e a responsabilização de todos os que nos colocaram nesta situação, exigindo tolerância zero para a corrupção, suspendendo a dívida até ser feita uma auditoria independente que anule a sua parte suja e usurária, Exigindo mais democracia, que sejamos escutados nas decisões mais importantes e um maior controlo sobre os governantes assim como o direito a revogar o seu cargo a qualquer altura do mandato, Só quando assumirmos a responsabilidade pela condução da nossa vida e do nosso destino isto pode mudar. De que estamos á espera?

17
Fev
13

A corda já partiu

passos coelho a corda rebentou

“Estamos naquele momento em que os portugueses devem estar confiantes de que o Governo não exigirá mais do que aquilo que é necessário para que se cumpram os objectivos, sem que a corda que está esticada possa vir a partir. Temos essa preocupação. Não serviria de nada para futuro se essa corda fosse partida”, afirmou hoje o primeiro-ministro durante um debate do PSD/Porto

Para o seboso a corda só está esticada, mas para muitos há muito que partiu. Bem pode ter essa preocupação porque as coisas ainda podem um dia acabar bem mal para ele. Recentemente suicidaram-se mais dois empresários da restauração por a sua corda ter partido e nada lhe garante que alguém que não tenha vontade de morrer, um dia, não se lembre de lhe limpar o sebo. Há muita gente desesperada, sem perspectivas de futuro, sem comida para pôr na mesa dos filhos. Há muita gente que vai perder tudo, a casa, a esperança, o futuro e a vida. Tudo isto é trágico e se nada for feito a tragédia é inevitável. Ele que vive entre paredes de Ministérios e carros de grande cilindrada ainda não se apercebeu o que se passa no país que diz governar. Está completamente fora da realidade e essa realidade um dia pode aparecer-lhe à frente, de uma forma trágica para ele.

31
Jan
13

O miseravel Ulrich

fernando ulrich sem abrigo

Depois de ter defendido em Outubro do ano passado que o país aguentava mais austeridade, o presidente do BPI, Fernando Ulrich, voltou ontem ao tema com um novo argumento: “Se os gregos aguentam uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 25% os portugueses não aguentariam porquê? Somo todos iguais, ou não?”
“Se você andar aí na rua e infelizmente encontramos pessoas que são sem-abrigo, isso não lhe pode acontecer a si ou a mim porquê? Isso também nos pode acontecer”. “E se aquelas pessoas que nós vemos ali na rua, naquela situação e sofrer tanto aguentam porque é que nós não aguentamos? Parece-me uma coisa absolutamente evidente”, rematou o banqueiro.
O BPI registou lucros de 249,1 milhões de euros em 2012, revelou hoje Fernando Ulrich. Para este resultado contribuiu não apenas a melhoria da margem financeira e  o produto bancário mas também as mais valias da venda da carteira de divida soberana portuguesa noutro trimestre do ano que terá ascendido a 160 milhões de euros.

Nem tenho palavras para descrever o que sinto ao ouvir esta cavalgadura vomitar tanta porcaria por aquela bocarra fora. A crise que vivemos é uma crise criada pela desonestidade e ganancia dos Banqueiros, que mesmo depois de atiraram países e os seus povos para situações de pobreza e miséria, vivem no luxo e na ostentação com salários exorbitantes num país onde o ordenado mínimo não chega aos 500 euros, onde todos os dias o desemprego e o desespero crescem exponencialmente. É esta gente que depois tem a lata de vir anunciar lucros de centenas de milhões, na sua maioria conseguidos na especulação coma própria divida do país que eles próprios endividaram. Um país que vive na austeridade mais violenta, que vê todos os direitos dos seus cidadãos serem destruídos vê também os culpados desta situação a serem mimados e ajudados por políticos em negócios e compadrios vergonhosos. E esta gente ainda fala, ainda se dá ao luxo de arrotar disparates e ofensas ao mais simples cidadão. Para eles é normal que alguém perca tudo, caia na mais profunda miséria, vá viver como sem abrigo num beco qualquer em nome de uma crise e de uma dívida pela qual não tem responsabilidade. Pior, ainda se coloca na situação de também ele poder vir a tornar-se num sem abrigo. Uma cavalgadura que ganha mais num ano que muitos portugueses juntos durante toda a sua vida. Mas merecia, merecia que este povo lhe entrasse pelo banco dentro e lhe retirasse tudo o que tem, lhe oferecesse um cobertor e um caixote de cartão e o obrigasse a viver a vida a que tem condenado tantos outros. Devia ter de comer dos caixotes de lixo, dormir na soleira das portas ao frio e à chuva e estender a mão em busca de alguma solidariedade, coisa que ele não sabe o que é. Este canalha não durava um mês, mas diz que todos temos de estar preparados para essa ser a nossa vida. Pulha miserável.

 

21
Jan
13

Pobre Portugal

vitor gaspar mendigo europeu

Hoje há reunião do Eurogrupo e Portugal deve ir pedir uma flexibilização das medidas orçamentais. Isto é ou mais tempo, ou juros mais baixos, não para aliviar os portugueses mas para permitir um regresso aos Mercados, ou seja a possibilidade de nos endividarmos ainda mais. Não faz mal que depois os portugueses pagam. É que o Exel do Ministro, por mais que ele mude as formulas e vicie os números já deve estar com mais células vermelhas que a cara do Ministro Álvaro depois do almoço.

Portugal não tem dinheiro, ou tem aquele que a Troika diz que cá vai metendo. É um facto, mas também tudo o que se produz agora é utilizado para pagar os juros desse dinheiro, à custa da miséria dos portugueses,  da destruição da economia e da delapidação do património do estado. Já de seguida é o Estado social, e as poucas empresas públicas que restam para não sobrar nada. Uma divida que dizem ser nossa, dos portugueses, mas cuja culpa é muito da própria politica da União Europeia quando decidiu destruir todo o tecido produtivo dos países do sul para beneficio dos países do norte, quando decidiu que mais importante que o endividamento era criar estradas para poder vender cá os seus produtos e apostar na especulação financeira para criar riqueza. Até por cá muitos enriqueceram com o betão e com a banca, muito foi roubado e muita corrupção grassou por este país. Gente responsabilizada não há, presa muito menos e Portugal continua a ser o país das maravilhas. Ainda agora não há dinheiro para a saúde, educação mas não faltou para enterrar mais uns milhares de milhões no BANIF, como nunca faltou nem falta para o BPN. Mas os culpados somos nós, aqueles que ganham os ordenados mais baixos da Europa e que, mesmo quando fizeram empréstimos para comprar uma casa ou um carro os pagavam com o suor do seu trabalho. Esses são os que vivem acima das suas possibilidades e não os que lhes emprestaram e depois não tinham como pagar a quem lhes tinha emprestado a eles, a banca, essa instituição onde os administradores vivem no luxo e na sumptuosidade. A culpa é de quem ganha ordenado mínimo porque ainda teima em comer ou em ficar doente.

Portugal vai voltar aos mercados, os grandes grupos económicos, a banca e o governo vão poder pedir mais dinheiro emprestado lá fora. Claro que a juros altíssimos, numa economia em recessão só podem gerar mais divida, mas não faz mal que depois nós pagamos em impostos e perda de direito. Se viermos a morrer não faz mal porque é menos uma boca para alimentar, menos um sem-abrigo nas ruas e menos uma voz para protestar.

17
Jan
13

Palhaço ou parvo?

passos coelho palhaco e estadista

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que o debate sobre a reforma do Estado começou bem, elogiando a conferência organizada pela advogada Sofia Galvão, mas pediu a mobilização de todos os cidadãos para futuras iniciativas.
De realçar que os jornalistas não foram autorizados a fazer registos de imagem nem de som e foi comunicado que o seu conteúdo poderia ser reproduzido, mas sem citações que não fossem autorizadas pelos intervenientes. No entanto, uma colaboradora da organização disse aos jornalistas que lhes poderia ser posteriormente enviado um “clip” com alguns excertos dos painéis de debate produzido pelo Portal do Governo, que filmou a conferência.

Começou realmente bem o debate sob a reforma do Estado com os cidadãos a não poderem saber o que foi dito e quem o disse. Mobilizem-se os cidadãos para futuras iniciativas que nesta é tudo em segredo. Em segredo não, que há depois o clip filmado e recortado pelo Governo para propaganda nas televisões. Primeiro encomendam um relatório ao FMI que já se sabe não ter passado de um repositório das ideias que o governo pediu para lá serem colocadas, agora vem a OCDE e não se pode saber o que foi dito e ainda pede a mobilização dos cidadãos. Um palhaço que tanto coloca o nariz vermelho como se arma em parvo. Não sei em que papel fica melhor porque em ambos encaixa na perfeição.
O que está a ser discutido é algo de muito sério e que pode colocar em causa todo o estado social, desde o SNS, à Escola Pública ou aos sistema de pensões e segurança social. Também o emprego deverá sofrer um autentico massacre e já se fala em números da ordem das muitas dezenas de milhares de funcionários públicos a ir para a rua. Para este governo a miséria nunca é suficiente e gostam sempre de arranjar maneira de criar mais e mais. Isto é gente com uma agenda liberal, que nem entendeu bem o livro onde a aprendeu e que a quer aplicar a todo o custo, mesmo não tendo mandato dos portugueses para o fazer. Não tivéssemos um Presidente da Republica da qualidade que temos e não haveria problema porque punha logo um travão nisto demitindo-o já. Assim não podemos contar com ele. Há a oposição, mas em minoria na Assembleia e com o PS com um pé dentro e outro fora acabarão a fazer lindos discursos enquanto vêm a banda passar. Já dei a ideia de abandonarem a Assembleia da Republica mas não acredito que resolvam afrontar o sistema. Restamos nós, cidadãos para fazermos alguma coisa, mas para isso é necessário tirar o rabo do sofá, assumir responsabilidades e ir para a rua dizer não e ficar lá até que isto pare. Se acredito que vai acontecer é outra coisa, mas sei que um dia terá de acontecer. Se vai a tempo ou não para travar isso já não sei. Resta-me só a esperança que este povo acorde deste longo sono.

09
Jan
13

FIM e FMI são sinónimos do mesmo

christine lagarde passos coelho paraiso do fmi

Hoje foi dado a conhecer um relatório encomendado pelo governo ao FMI que pretende cortar 4 mil milhões na despesa do Estado. Coisas como corte nas pensões, no subsidio de desemprego, nos salários na ordem dos 20%, despedimento de dezenas de milhares de funcionários públicos, aumento da idade da reforma, dos horários de trabalho, das taxas moderadoras na saúde e nas propinas escolares são as soluções apontadas. (Relatório completo aqui). Claro que muitas das sugestões são inconstitucionais, mas o governo já veio dizer que não descarta nenhuma e o velho Ministro das Finanças dos Sócretinos veio defender que se tem de mudar a Constituição para não atrapalhar a governação.
Chamar filhos da puta a esta gente do FMI e quem lhes presta vassalagem é pouco. São assassinos dispostos a fazer um genocídio dos que menos têm para encher a mula a meia dúzia de gulosos que  trabalham para os mercados e grandes corporações. Não sei o que pensarão os portugueses daquilo que está a acontecer, ou melhor saber sei, o que não sei é até quando e o que estão dispostos a fazer para mudar a situação. Soluções há, das mais violentas ás mais pacificas, mas para que se concretizem há que estar disposto a fazer e a participar. Ir a uma manifestação pode ser um começo, mas está muito longe de ser o fim. Eu e muitos outros temos estado presentes e activos à espera dessa hora, agora só falta que se juntem os milhões que também desejam a mudança.

01
Dez
12

A prenda do Rei Gaspar

vitor gaspar passos coelho alibaba oecamental

Estava eu a pensar num boneco para fazer e lembrei-me do Ali-Baba e dos 40 ladrões, mas a imagem que encontrei fez-me lembrar do Natal e dos Reis  Magos, sobretudo do Gaspar. Não sei que prenda trouxe o Gaspar original, se foi ouro, incenso ou mirra,  mas o nosso esse o que nos oferece é uma bomba carregada de pobreza e miséria. Ainda ontem vi um filme que relatava a forma como o povo Argentino foi traído pelos seus políticos (Part I, II e III) e o seu futuro vendido ás grandes corporações e banqueiros, numa promiscuidade entre poder, dinheiro e justiça, que levou o país à mais profunda miséria. Um filme onde podemos ver o mesmo caminho que Portugal percorre agora, um caminho de genocídio e desgraça. Ainda vamos a tempo de atalhar caminho, mas isso exige a nossa acção e luta. Saiam para a rua e lutem pelo vosso futuro. Informem-se, há tanta informação disponível que mostra a forma como o FMI e os mercados destroem países, de como povos conseguiram combate-los. Levantem-se e lutem ou estamos condenados a um fim triste e doloroso para nós e para os nossos filhos. A Divida é um embuste, a austeridade uma mentira para nos roubarem. Acordem.

 

24
Nov
12

Colonialismo financeiro

 

Desaceleração na receita faz o défice da administração central e da Segurança Social subir quase 2.300 milhões em Outubro, atingindo já os 8.145 milhões este ano, estando apenas a 855 milhões da meta da troika. Tal facto ficou a dever-se a uma queda de 4,6% nas receitas fiscais só em Outubro. (IRC -19.9%, IVA -2%, I.P.Petrolíferos, -8,2%, I.Veículos -2,1% e só o IRS subiu 2,7%).

Estes números mostram bem o falhanço das politicas deste governo e de como os sacrifícios que nos estão a pedir só nos conduzirão a mais crise e mais sacrifícios. Mas, isto não parece incomodar nem o Gaspar nem os seus donos europeus que não se cansam de o elogiar até o sobem no ranking dos ministros das finanças. Não os preocupa pois o que realmente desejam e roubar todas as riquezas, sejam elas naturais ou empresas com sucesso e criar uma zona de baixos  salários e direitos quase escravos para onde possam enviar as suas empresas mais poluentes e que exijam mais mão de obra e, aproveitando as boas praias, mar gastronomia e serviços transformar este país na sua colónia balnear. É por isso que pagar a dívida não é uma prioridade e pretendem até que se torne eterna pois assim terão sempre juros agiotas para nos cobrar, ficando com grande parte da riqueza que produzimos bem como com o controlo politico sobre o país. Uma forma de colonialismo económico em que roubam os bens e a soberania dos povos.

21
Nov
12

A canção dos gatunos

A direcção do PSD voltou esta noite a apelar a António José Seguro que participe no debate sobre a redefinição das funções do Estado, argumentando que o PS tem “responsabilidades especiais” e a “obrigação” de entrar nessa discussão. “Existe a obrigação de todos de participarem no debate estrutural do Estado por razões de qualidade dos serviços e também por razões orçamentais”, disse Moreira da Silva, lembrando que a maioria quer concluir essa redefinição “do ponto de vista conceptual das funções do Esrtado” até Fevereiro. Num reiterado apelo ao secretário-geral socialista, António José Seguro, o vice-presidente do PSD repetiu: “O PS não pode deixar de estar presente”. O Governo quer cortar até 2014 quatro mil milhões de euros em despesa.
Moreira da Silva desafiou ainda os socialistas “a clarificarem” a sua posição sobre a despesa pública. ” Ou assumem que querem reduzir a despesa para evitar aumentar impostos, como nós queremos, ou decidem que não se deve reduzir despesa mas têm que assumir que querem aumento de impostos”,Esta gente é mesmo reles. Primeiro sobem os Impostos a um nível que se torna insuportável para os cidadãos e para a própria economia do país, destruindo empregos e empresas e agora vêm matar o estado social com a ameaça de ou isso ou mais impostos. Esta “refundação do Estado Social” que querem ter pronta até Fevereiro vai ser mais um ataque à dignidade e a condenação à mais profunda miséria e até à morte de milhares de cidadãos. É por o saberem e também porque para muitas das mudanças que desejam fazer necessitarem de alterar a Constituição que esta cambada de gatunos vem pedir batatinhas ao PS. Assustador é saber que este PS não é de confiança e, em troca de alguns favores ainda lhes faz o favor. Se o país já está mal, se as pessoas já passam por enormes dificuldades imagine-se o desespero quando as reformas forem cortadas, o Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública destruídos e os apoios sociais cancelados. Claro que tudo isto não será feito de uma vez só, mas vai ser colocada a primeira tábua no caixão onde nos pretendem enterrar. Ou se calhar nem isso porque, para está escória da sociedade que assaltou o poder, uma vala comum serve-nos muito bem.
Está na hora de dizermos definitivamente não, de correr com a bandidagem e construir uma sociedade mais justa, mais assente numa verdadeira democracia participativa, na liberdade de escolhermos o nosso próprio caminho e na dignidade de todo os ser humano. Não pode ficar para amanhã tem de começar já hoje e todos, mas mesmo todos, têm de sair para a rua impondo a mudança.
20
Nov
12

Esta austeridade é uma festa

 

Ontem, depois do trabalho, chegado a casa e enquanto fazia umas limpezas e umas arrumações começou a falar na rádio o Vitor Gaspar sobre a sexta avaliação da Troika. Se eu não soubesse que há gente a passar fome, a viver nas ruas e muitos desesperados sem emprego ou meios de subsistência, se eu não soubesse que as contas públicas estão um caos, que as receitas fiscais baixaram imenso e a economia está a dar o berro ia pensar que estávamos no paraíso, ou pelo menos a caminho dele. O défice vai ser canja, a recessão vai-se extinguir como por magia, o desemprego cair e ainda vamos ter a refundação do Estado com serviços públicos de saúde e educação de grande qualidade. É a grande festa que aí vem. Pelo menos para ele que vai receber da Troika mais uns milhares de milhões. Uma festa em que infelizmente nós vamos ficar à porta ao frio do desemprego e da precariedade, ensopados em impostos neste temporal de austeridade.




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