O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, afirmou que vai acabar com a entrada grátis dos museus ao domingo, admitindo reservar apenas um dia por mês para as visitas gratuitas. O governante destacou a necessidade de poupar, considerando que «o facto de haver menos dinheiro é uma oportunidade para administrar melhor o dinheiro do contribuinte».
Quando se viu a escolha e sabendo como os governos normalmente tratam a cultura, especialmente quando há crise, pouco ou nada se pode esperar deste nem sequer Ministro. Vai poupar as entradas em Museus aos Domingos. Deve ser uma fortuna.
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O bilheteiro do Museu
“A china é uma sociedade de térmitas….Os portugueses não estão habituados a trabalhar como numa colónia de formigas”, afirmou o Nuno Rogeiro num programa daqueles que ele faz. Vindo de quem vem tem a importância e o interesse que tem, nenhum. Mas, é interessante ver que até os mais acérrimos defensores do Americanismo já não escondem que o caminho que esta globalização leva, não nos vai levar a lado nenhum. Conquistam-se países pela força, pelo poder económico e até algumas vezes pela cultura, mas a cultura de um povo nunca morre e encontra sempre caminho de renascer. Podemos ser a Cigarra e eles as formigas, mas o que seria este mundo se fosse dominado por formigas sem o cantar da cigarra. Afinal qual é a razão e o sentido da vida?
A incultura da economia
Uma vez mais abuso de uma tela (Time-past and Present) da grande “Paula Rego”, mas falando da cultura nacional tinha de utilizar o melhor que temos.
Juntos e a uma só voz, representantes de várias áreas da Cultura, do cinema à dança, passando pelo teatro e artes performativas, exigem que o primeiro-ministro revogue o artigo 49 do decreto-lei que determina a redução de dez por cento de apoios financeiros do Ministério da Cultura
Mala de Cartão…Louis Vuitton
Inês de Medeiros requer ao Parlamento é o pagamento de uma viagem semanal a Paris em classe executiva e ajudas de custo relativas aos 25 quilómetros de distância entre a sua casa e o aeroporto. Todos os deputados beneficiam de ajudas de custo referentes às viagens que fazem entre o Parlamento e a sua residência. O valor do quilómetro é o que está em vigor para todos os trabalhadores da função pública: 40 cêntimos.
Pois é, só que a Inês Medeiros foi eleita pelo círculo de Lisboa e assim não tem direito a viagem nenhuma. Até podíamos tentar ser compreensivos, pois sabemos que tem os filhos em Paris, local onde realmente vivia, mas que exija viajar em classe executiva e querer “mamar” as ajudas de custo já é um exagero. Pior ainda quando ouvimos o socialista José Lello argumentar que inviabilizar a deslocação semanal a Paris de Inês de Medeiros põe em causa a livre circulação dos cidadãos europeus. Se assim fosse, também que não tenho dinheiro para andar a viajar pela Europa, podia argumentar o meu direito á livre circulação e exigir que me pagassem os passeios. Sem falar do “forrobodó” que seria ver, a partir de agora, todos os deputados a darem moradas em Londres, Nova York, Rio de Janeiro ou Pequim.
Novas caras no novo governo 2
Para a cultura, lugar que teve dois ministros na legislatura anterior mas de que ninguém se lembra da obra, porque não houve, o Engenheiro escolheu agora Gabriela Canavilhas, uma pianista que, confesso a minha ignorância, nunca ouvi tocar. Embora o Engenheiro tenha feito, “mia culpa” em relação à cultura durante a campanha eleitoral, afirmando que lhe deveria ter dado mais atenção e dinheiro, desconfio que a politica, a crise e a economia vai fazer ficar tudo na mesma. Foi por isso inteligente a escolha feita, pode não vir a fazer nada, mas pelo menos pode ir fazendo o acompanhamento musical dos Conselhos de ministro. Não nos dão cultura, mas vão certamente dar-nos música.
Novas caras no novo governo 1
Para não dizerem que só aqui mostro as velhas carcaças que transitam do anterior governo, aqui está uma novinha em folha. Esta, a Isabel Alçada, vai substituir a Sinistra Ministra de quem se diz grande admiradora das suas politicas. Isto não augura nada de bom para o futuro e será sem dúvida mais uma aventura que, mesmo não fazendo parte do Plano Nacional de Leitura, os professores vão ter pela frente. Claro que, agora que os Socretinos não têm maioria absoluta, as oposições podem chumbar-lhes as intenções, mas ainda ninguém me explicou como vai ser descalçada a bota de existirem actualmente duas carreiras entre os professores. Vão despromover os titulares ou vão transformar todos em titulares? Convêm também prestar atenção ao facto de as oposições falarem em mudar o Estatuto da Carreira Docente e não na sua revogação. E a Gestão das escolas? Vão continuar os Directores? E o Conselho Geral? E a democraticidade na escola? Vai continuar o facilitismo para garantir boas estatísticas? Importante é que os professores não fiquem cegos pela avaliação e tomem a defesa da escola publica de qualidade nas suas mãos. Irão ser capazes?
O Prémio de Legislatura para a Cultura invisível tem de ser dividido entre a “remodelável” Isabel Pires de Lima e José António Pinto Ribeiro. Numa total inexistência de politica cultural e embora com nomes pomposos, ambos conseguiram dividir estes quatro anos escondidos e sem fazer nada. A Isabelinha ainda ofereceu a obra de regime do Cavaquismo, o Centro Cultural de Belém, ao burgesso Berardo para guardar a sua colecção de arte e ainda ganhar dinheiro. A Isabelinha acabou a ser utilizada pelo Engenheiro como contrapeso transformando a demissão do Ministro da Saúde, Correia de Campos, numa remodelação governamental. O Pinto Ribeiro apareceu todo cheio de conversas mas e invisibilidade da cultura neste país em nada foi alterada. Um falhanço, (mais um) da politica deste governo.
Com tudo isto quase deixava passar a visita do Sr. Silva e a sua Maria a Viena e dedixar-lhe aqui uma dança. Como sempre acabo sempre por me sentir um pouco envergonhado com a imagem do país nestas visitas e nunca descarto a possibilidade de virmos a saber que “passou pelas brazas” e deu uns “roncos” durante um qualquer concerto. Da Maria, se ninguém lhe passar um pano-de-pó ou uma vassoura para as mãos já não é mau.
Para o Engenheiro o grande pecado da sua legislatura foi o não ter apostado o suficientemente na cultura. Só pode mesmo estar a gozar connosco. A lei laboral, o referendo, os impostos, o desemprego, a imagem de roubalheira, compadrio e corrupção que transpiram de todos os poros do poder, a arrogância, a simples falta de consideração pelos problemas dos cidadãos, a destruição do serviço publico, das Escolas aos Centros de Saúde, Hospitais e Maternidades, o desrespeito pelos seus profissionais e pelas aspirações das populações, a venda do país a retalho ao grande capital etc. A lista não teria fim. Claro que na cultura, para além dos dois ministros que por lá passaram, gente do top social, a Isabelinha Pires de Lima e depois o José António Pinto Ribeiro, pouco ou nada aconteceu e, quando aconteceu mais valia não ter acontecido (menos para o Berardo). Realmente falta cultura a este país, cultura de responsabilidade e honestidade para quem ocupa cargos públicos e a de direito à indignação e à revolta aos cidadãos.
Konec
Morreu o Vasco Granja. Para os mais novos isto nada dirá, mas para as velhas carcaças como eu e que gostam de filmes de animação e banda desenhada, uma porta aberta para o “diferente”, numa altura em que só nos ofereciam o imaginário de Princesas e Patetas da Disney. Uma personagem que faz parte do meu imaginário, como se de uma personagem de animação se tratasse. Konec.
Dia mundial da Dança
Passou no dia 28 de Abril o Dia Mundial da Dança. Não ligo muito a isto dos dias de isto ou aquilo, mas é sempre bom que se relembre que a arte e a cultura fazem parte da nossa existência como seres humanos e que tanta economia, tantos números parecem esquecer. O acesso à cultura é uma obrigação do estado embora ninguém se lembre já que temos um Ministro só para tratar disso. Já não me lembrava do nome e fui ver; José António Pinto Ribeiro. Era a Isabel Pires de Lima mas depois o Engenheiro trocou-a por este. Porquê não sei, tanto não fazia nada um como não faz o outro. Mesmo assim o “Baile must go on”
“Às jovens portuguesas: cautela com os amores. Pensem duas vezes antes de casar com um muçulmanos. Nem Alá sabe onde é que acabam”
D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa
Penso que podemos fazer o mesmo aviso às jovens portuguesas que se pensem casar com um católico. É para toda a vida, já que a Igreja católica não aceita o divórcio, (muito provavelmente acabarão num inferno, ou na terra ou junto de Satanás) e serão umas parideiras, já que a Igreja não aceita o uso de contraceptivos e fecundar só mesmo para procriar, (como aliás defende a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite). É que nem Deus sabe onde irão acabar.
Tintin faz 80 anos
Um personagem que me acompanhou na minha infancia e de cujos livros li e reli várias vezes nessa altura. Fez agora 80 anos.
O PSD de Rafael
Continuando a relembrar como é importante salvar a memória viva de Rafael Bordalo Pinheiro, aqui fica mais uma adaptação das suas caricaturas, agora em versão PSD.