PS (34.5), PSD (28.9), BE 10.4, CDS (8.1) e PCP (7.8). Estes são os resultados da última sondagem conhecida para as próximas legislativas. Os que não ficam satisfeitos com os números vão certamente dizer que a verdadeira sondagem só se faz nas urnas e que o exemplo das Europeias mostra que as sondagens não são de confiança. Acredito que tenham razão, mas… No texto da sondagem consideraram que ela mostrava um empate técnico por existirem ainda 6% de indecisos e a vantagem do de ser só de 5.6. Estranha matemática esta, mas convêm manter o campeonato renhido; vende mais jornais e mobiliza os “adeptos” e “sócios” dos clubes partidários. Pessoalmente, a luta que vislumbro para dia 27 é entre a Manuela Ferreira Leite e o Santana Lopes para ver quem tem maior votação; se ela agora (vai nos 28.9) ou ele em 2005 (28.7). A coisa está renhida.
Arquivo de Setembro, 2009
A verdadeira corrida de dia 27
Oh primo, oh rico primo
Há mais um primo de José Sócrates alegadamente envolvido no caso do outlet de Alcochete. Chama-se José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, mais conhecido por ‘Bernardo’ ou ‘Gordo’.
Porra, que rica família esta em que não há um “filho de um tio” que não esteja implicado no caso Freeport ou outra trafulhice qualquer.
O PSD não irá fazer convites às principais figuras do partido para participarem na campanha. Manuela Ferreira Leite deixou-o claro. “Aos casamentos e baptizados não se vai sem ser convidado, mas a todas as outras iniciativas, tais como funerais, missas do sétimo dia e campanhas eleitorais vai quem quer.”
Realmente funerais, missas de sétimo dia e a campanha eleitoral da Manuela Ferreira Leite têm algo em comum; um cadáver, mesmo que no último caso nos queiram convencer que está vivo. Porra, a este não vou certamente com ou sem convite, que para zombie já me chaga o de Belém.
O beija-mão real
A chanceler alemã, Angela Merke,l chegou meia hora atrasada ao encontro com Manuela Ferreira Leite e deu indicações para que não fosse autorizada a recolha de imagens no encontro com a presidente do PSD.
Manuela Ferreira Leite assinalou que respeita as regras estabelecidas pela CDU alemã, já que “em primeiro lugar, era importante ter um encontro pessoal com a senhora Merkel e, em segundo lugar, em termos de provas temos as fotografias”.Pobreza franciscana de quem se rebaixa perante os poderosos da Europa. Pinderiquice de quem diz que tem fotografias para provar que esteve lá. Esta gente que tanto se rebaixa só mostra mesmo a sua pequenez politica. Não nos bastava o Cavaco para nos envergonhar no estrangeiro e agora ainda há quem queira acrescentar-lhe a falta de dignidade da Manuela Ferreira Leite. Ainda vem dizer que tem fotografias para provar que esteve lá. Tenham vergonha na cara.
2º debate – Dupont e Dupond
Um dizia alguma coisa e outro logo afirmava, “eu diria mais”. Não foi bem um debate, foi tempo de antena em que cada um expôs as suas ideias e o seu programa. Civilizado, calmo e com um inimigo comum; o governo e o PS. Convergiram em quase tudo e ficou a ideia de que se os interesses dos cidadãos se sobrepusessem aos partidários, poderiam ter promovido a união da esquerda e criado uma verdadeira alternativa de poder que nos evitasse a condenação a mais quatro anos de capitalismo liberal, de compadrio e corrupção. Mas, como disse o Jerónimo de Sousa «Cada um pedala a sua bicicleta». É pena.
Hoje fomos confrontados com a notícia de que o Jornal Nacional das sextas-feiras na TVI tinha sido cancelado. Os novos donos espanhóis tinham decidido acabar com ele. Era um programa que não via normalmente por não gostar do género nem da forma, podia até ser uma merda maior do que aquilo que era, que não se pode admitir que seja censurado. Isto se foi, porque durante a manha falava-se de pressões do governo para que Membros do gabinete do primeiro-ministro José Sócrates tinham feito pressão sobre o presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro (IFSC), Alexandre Relvas, aconselhando-o a ter contenção no discurso de inauguração deste centro de reflexão do PSD. Do Engenheiro podemos esperar tudo e por isso esta pressão e esta censura são possíveis, mas não seriam inteligentes especialmente numa altura em que a Manuela Ferreira Leite tenta fazer cavalo de batalha do que chama “asfixia democrática”. O Sócrates pode ser mau, poder ser manipulador, prepotente e arrogante, mas burro não é. Sabia perfeitamente que suspender este telejornal seria o pior erro político que podia fazer neste momento.
Zero a Zero
O Engenheiro e o Paulinho das feiras deram o pontapé de saída nos debates entre os partidos nas televisões. Um zero a zero que serve bem os objectivos dos dois adversários, como provam os sorrisos à saída. O Engenheiro consegue ultrapassar um adversário que podia ser mais difícil, Faltam o Louça, que pode ser complicado, o Jerónimo de Sousa que vai ser mais malhar em ferro frio para terminar no “derby” com a Manelinha Ferreira Leite. Ao Portas falta-lhe a conversa de surdos com o Louça e Jerónimo e o da Manelinha em que cada um vai utilizar o debate como tempo de antena, tão pouco vai ser o que têm para dizer um do outro.
O fantasma do PS nas eleições
Depois de o Engenheiro o ter feito na véspera foi agora a vez da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, admitir que existiram problemas de comunicação entre Governo e professores nos últimos quatro anos. “Talvez não tivesse havido suficiente delicadeza no tratamento com os professores”, disse.
Quem seguiu a guerra entre esta Ministra e os professores não pode deixar de considerar estas declarações como um sinal de hipocrisia e mais uma demonstração de falta de respeito por uma classe a quem, ao longo da legislatura, chamou de professorzecos. Ninguém tem duvidas que o Engenheiro gostaria que esta guerra fosse esquecida e poder recuperar muitos votos que ficaram definitivamente perdidos, não só na classe dos professores mas em muitos que lhes reconheceram a razão e que se preocupam com a defesa da escola publica de qualidade. Tarde demais, naquele que foi o maior erro político do Engenheiro nesta legislatura; o não ter corrido com a Sinistra Ministra quando teve oportunidade disso. Basta ver os resultados que conseguiu na saúde, em que depois de toda a contestação em torno do Correia de Campos e do fecho das maternidades e urgências, substituiu por uma Ministra mais “tenrinha”, que apesar de não ter desfeito o que o seu antecessor fez, passou a ter uma vida bem mais calma sendo mesmo ela a beneficiar agora da abertura dos novos hospitais e urgências prometidas na altura. Se tivesse feito o mesmo na educação, o Engenheiro poderia agora cantar vitória, mas assim encontra-se na posição de fazer o papel de arrependido quando todos sabemos que não está. Só olhar para a cara daquela Sinistra personagem chamada Maria de Lurdes Rodrigues, enjoa e faz crescer uma raiva que não podem apagar.PS: Sempre apoiei os professores e os seus movimentos, mas custa-me ver alguns desses movimentos, que deveriam só representar os professores e a sua luta, apoiarem claramente o PSD nestas eleições. Eu não voto PS, mas certamente também não votarei na Manuela Ferreira Leite que, por mais que diga que vai rasgar isto e aquilo, é farinha do mesmo saco.
Medina carreira, O Zzzzaaangado
Ouvir o Medina Carreira é dar-lhe razão em muita coisa, mas também saber que se está a ouvir um discurso de “velho do Restelo”, um discurso “fácil”, um discurso em que aponta o dedo a tudo e todos, que critica tudo sem apontar um caminho que seja diferente daquilo que existe. Para ele que tem todas as respostas na sua imensa sabedoria numa terra de incompetentes, a economia é a solução mágica que tudo resolve. É fácil dizer que gastamos mais do que aquilo que produzimos e que a solução passa por mais investimento para aumentar as exportações. Como se faz? Fazendo um estudo para mostrar porque fogem os investidores para a Este e não investem em Portugal. Um conceituado economista como ele não sabe? Claro que sabe, mas também sabe que a resposta está em subordinar, ainda mais, a governação ao capital, aos interesses das empresas sem garantir o respeito pelos cidadãos. Fala de que os partidos deviam aceitar entregar o governo ao Presidente durante (já não me lembro se disse 5 ou 15 anos). Já parece a Manuela Ferreira Leite que também afirmou que devíamos suspender a democracia, durante algum tempo, para poder aplicar medidas impopulares. E se fossem á merda?
A entrevista do Engenheiro
Que ele é mentiroso todos sabemos, agora o que não havia necessidade era o PSD escolher para candadata a Primeiro Ministro alguém que parece um “bacalhau velho” e que faz com que o Engenheiro não tenha de mentir para dizer mal dela e daquilo que ela diz.
A esquerda impossível
Num discurso fortemente aplaudido, o ex-candidato presidencial, Manuel Alegre, defendeu que é preciso “um governo de Esquerda, da esquerda possível”, do PS. Mas deixou também o alerta para a necessidade de um Governo que seja “capaz de se renovar” e de “nunca esquecer que o poder é um meio para servir as pessoas”.Estou certo que o Sancho Alegre sabe bem que o governo dos Sócretinos não serviu as pessoas mas sim os interesses de alguns e que o próximo vai ser mais do mesmo. Sabe e fala da “esquerda possível”, como se a esquerda pudesse ser possível ou impossível. É uma esquerda, mas uma esquerda pequenina, muito, muito pequenina, mas a esquerda possível. Uma esquerda que vive anafadamente dentro do capitalismo, que o defende e serve, mas lá no fundo, muito pequenininha, lá está a esquerda a acenar o casamento homossexual. A esquerda possível, como se isto fosse esquerda. Será que o amor “clubista” ao PS justifica negar as evidências?
O Abismo
«Não podemos deixar de considerar que a situação em que o país está resulta, exclusivamente, das políticas socialistas». “Neste momento a coisa mais perigosa que existe é avançar com a política socialista porque a política socialista está a conduzir o país num plano inclinado e, portanto, avançar significa cair. Aquilo que há a fazer é travar”, disse Manuela Ferreira Leite.
Travar o quê? As politicas Europeias? O neo-liberalismo? A globalização capitalista? O compadrio do poder com os grandes grupos económicos? A especulação e as grandes negociatas, a corrupção e as offshores? É o PSD de Dias Loureiro e do Balsemão que quer travar tudo isto? Não me parece muito coerente com a politica de verdade que diz defender.
Assassinato ou suicidio?
Hoje é o dia em que faço o funeral ao Sr. Silva após o seu haraquiri com as famosas escutas em Belém. A ser verdade que foi da sala do Presidente que saiu a ordem para lançar a noticia de que o governo andava a escutar Belém e se provar que tudo isto foi feito para beneficiar e contribuir para a campanha da “asfixia democrática” da Manelinha, ao Sr. Silva só lhe resta a possibilidade de resignar ao cargo. Acabou a independência devida a um Presidente, falhou nas suas funções ao não defender a democracia e o dever de isenção. Paz à sua alma. Se não for verdade, então temos de concordar que os Sócretinos estão muitos anos-luz à frente do Manuelinos na forma de fazer politica suja. Seja um ou outro caso, queremos ver o assunto esclarecido pois ficaremos sempre a ganhar. Um deles terá de ser corrido do poder e por isso exigimos que o Procurador, sempre tão solicito para investigar os alunos que têm telemóveis nas aulas ou alguém que espirre no passei publico, investigue o caso e acuse os culpados. Não como no caso do envelope nove ou dos voos da CIA, em que tudo se arrastou para depois a montanha parir um rato, mas acusando os culpados para que nos vejamos livres deles de uma vez por todas.
A fantasia do poder
A líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, afirmou mesmo que, com este executivo, “diluíram-se pilares da sociedade como a família e o casamento“. “Criou-se um ambiente de intriga e de falsas verdades, diluíram-se pilares da sociedade como a família e o casamento, para impor a verdade da lei onde devia prevalecer a liberdade individual“.
Bagão Félix, durante a apresentação do Programa eleitoral do CDS, afirmou que “Eu também respeito as minorias, mas que essas políticas mais ou menos discutíveis, mais ou menos por caminhos diversos, não prejudiquem nem anulem a base fundamental da sociedade que é a família tradicional”.
O líder do PS, José Sócrates, advertiu que a 27 de Setembro “uma das principais escolhas será entre duas mundivisões“. Ou seja, “há duas formas de olhar para a sociedade e para o futuro. Aqui, neste partido, neste Governo, ninguém acredita que o casamento deve servir apenas para a procriação; aqui ninguém acredita que é preciso uma lei do divórcio que o dificulte, porque aqui acredita-se na liberdade e na tolerância“.
Durante as eleições para o parlamento Europeu, quando se deviam discutir os tratados, as directrizes, as leis que nos impõem, andaram a falar de problemas internos do país, para agora, altura para discutir as politicas que nos têm condenado a sermos cada vez mais o cú dessa Europa, resolvem colocar como tema da campanha a família e o casamento. Importante é ocupar tempo de antena sem discutir aquilo que realmente é importante e mostrarem diferenças que permitam sair da crise. Não porque não queiram, mas porque todos pensam o mesmo, mais estrada menos estrada, mas nenhum tem realmente as respostas para o problema. Só o poder interessa.
PS: Mas que é triste que ainda haja gente, como a Manuela Ferreira Leite, que considera que o casamento só serve para a procriação, lá isso é.